OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 10 de julho de 2013

A TEOSOFIA NO LAR (3ª PARTE)

"(...) O Plano Divino proporciona à alma tantas oportunidades quantas forem necessárias, para que finalmente adquira força e virtude. Portanto, nenhum pai que tenha cumprido o seu dever, pode considerar-se culpado se a criança não corresponder aos ideais da virtude. As oportunidades que a criança recusa, surgirão novamente, mas apenas depois que ela aprender, através do sofrimento, a aproveitá-la. O que os pais deverão fazer sempre nessas circunstâncias é não considerar a alma somente pelos seus fracassos, aumentando assim suas debilidades, mas pensar em suas virtudes, e assim reforçá-las.

Na educação das crianças, uma questão importante é como levar a criança a fazer o que é certo e não o errado. Infelizmente a civilização até hoje tem acreditado que algum tipo de castigo corporal é inevitável como parte do processo. Não há dúvida de que os pais têm o dever de educar as crianças, mas nem por isso têm o direito de pressioná-las; a desculpa de que os castigos corporais são benéficos às crianças, não levou em consideração todos os aspectos da questão. Não se pode negar que, na primeira infância, o corpo da criança é, em grande parte, uma inteligência animal encoberta pela natureza da alma e que muitas de suas atividades não se relacionam absolutamente com as da alma; não é a alma que come e bebe, fica irritada ou teimosa, feliz com brinquedos ou ri quando lhe fazemos cócegas. É preciso se reconhecer que, em muitas ocasiões, esta natureza animal da criança necessita ser dominada; mas qualquer espécie de pressão externa por meio de castigos corporais, embora possa ou não alcançar o objetivo desejado, produz, seguramente, certo endurecimento nos veículos sutis da criança, endurecimento que as torna mais e mais insensíveis a influências espirituais do Ego. 

A natureza superior da criança, representada por suas emoções latentes e por seus pensamentos, é muito sensível na infância; com cuidados especiais, pode-se conseguir que a criança, ao crescer, adquira uma natureza emocional boa e alegre e uma mentalidade aberta e intuitiva. Qualquer tratamento ríspido endurece seus sentimentos mais delicados, embora pareça produzir bons resultados no controle do corpo físico. Os repetidos choques nessa delicada natureza acabam embotando e matando aquela elevada sensibilidade que deveria predominar em todos os homens e mulheres, como característica normal dos seres humanos. O indivíduo que sente gratidão por aqueles que o ensinaram a ser bom através de castigo, não percebe quanto melhor poderia ter sido, se os responsáveis por sua formação houvessem compreendido e adotado um sistema mais racional de educação. (...)"

(C. Jinarajadasa - Teosofia Prática - Ed. Teosófica, Brasília - p. 15/17)


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