OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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terça-feira, 18 de novembro de 2014

O VINHO DO ÊXTASE ESPIRITUAL É INCOMPARÁVEL

"Depois que provar o vinho do êxtase espiritual, você saberá que nenhuma outra experiência pode ser igual. Procure sempre estabelecer a consciência divina em seus filhos, ensinando-os a meditar, para que não sejam tentados a brincar com o fogo das ilusórias alegrias falsas. A sagrada bem-aventurança nunca tem fim, mas os prazeres do álcool e das drogas são transitórios e terminam por trazer a infelicidade.

Todas as noites, durante o sono, você tem uma experiência de paz e alegria. Enquanto se encontra em sono profundo, Deus faz com que você viva na tranquila superconsciência, onde todos os medos e preocupações desta existência são esquecidos. Pela meditação, você pode experimentar esse sagrado estado mental quando está acordado, e viver constantemente imerso em paz curativa. 

Quando a alegria divina chega, imediatamente minha respiração se detém e sou elevado no Espírito. Sinto a bem-aventurança de mil sonos juntos e, contudo, não perco meu estado normal de consciência. Essa é, universalmente, a experiência dos que se aprofundam no estado superconsciente. Ao sobrevir o profundo êxtase de Deus, o corpo torna-se absolutamente imóvel, a respiração para e os pensamentos se aquietam - banidos, todos, pelo comando mágico da alma. Então, você bebe a bem-aventurança de Deus e experimenta uma embriaguez de alegria que nem mil goles de vinho poderiam dar. 

A pessoa comum, ao cochilar nas fronteiras do sono, sente uma leve felicidade, mas rapidamente perde essa percepção e adormece. O sono não é incosciência total, pois, ao acordar, você sempre sabe se dormiu bem ou mal. Há vários espécies de sono - alguns leves, outros profundos. Porém, mais inebriantes do que o sono mais gostoso são as experiências espirituais que podemos ter conscientemente com Deus. Para além dos mistérios do mundo do sono, estão todas essas alegrias divinas. Posso permanecer em qualquer estado que queira. Geralmente, estou entre a região do sono e a consciência do mundo - no estado superconsciente."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 160)

domingo, 16 de novembro de 2014

MEU BEM-AMADO ME CHAMA

"Com as flores e os céus brilhantes, com o divino maná de alegria nas mentes felizes, com as almas repletas de sabedoria, com as canções dos pássaros e as divinas melodias nos corações dos homens, meu Bem-amado me chama, para que meus passos se voltem em direção a Seu lar de paz interior.

Buscarei o reino de Deus na alegria que surge da meditação constante, longa, profunda e contínua. Procurarei, dedicadamente, encontrar o Senhor dentro de mim, e não me darei por satisfeito com as pequenas inspirações imaginárias que brotam de silêncios inquietos e breves. Meditarei cada vez mais profundamente, até sentir Sua presença. Ao tornar-me cônscio de Deus, serei reconhecido como Seu filho. Sem pedir ou implorar, receberei toda prosperidade, saúde e sabedoria. 

Ó Perfume de todos os corações e de todas as rosas, não importa quantos dias de escaldante tristeza cruzem os umbrais de minha vida para me perseguir e me pôr à prova. Por meio de Tua benção, possam eles lembrar-me dos erros que me têm mantido longe de Ti.

Ó Protetor de Todos, não me importo que todas as outras coisas me sejam arrebatadas pelo destino que eu mesmo criei; exigirei, entretanto, de Ti - de Ti que me pertences - que protejas a tênue chama de meu amor por Ti.

Ó Gloriosa Onipresença, que o fogo da minha lembrança de Ti não se apague com as rajadas de esquecimento, sopradas pelo vendaval de minha vida mundana. 

Por meio da meditação, deterei as tempestades da respiração, da inquietude mental e dos tumultos sensórios, que assolam o lago de minha mente. Pela prece e pela meditação, empenharei minha vontade e atividade em alcançar o objetivo correto."

(Paramahansa Yogananda - Meditações Metafísicas - Self-Realization Fellowship - p. 81/83)


terça-feira, 11 de novembro de 2014

A VERDADEIRA EXPERIÊNCIA DO ÊXTASE ESPIRITUAL

"Deus nos deu o poder da inspiração espiritual - a percepção da pura bem-aventurança de Sua presença em nós. Mas a força do mal na criação inventou imitações espúrias. Os efeitos temporários e euforizantes do álcool e das drogas são falsificações das verdadeiras experiências espirituais. O uso dessas substâncias frequentemente leva ao abuso do sexo, o que impede o poder da inspiração espiritual, prendendo a mente à intensa consciência corporal. 

Muitas pessoas bebem vinho para banir lembranças e preocupações tristes ou desagradáveis, mas essa espécie de esquecimento priva o homem da sabedoria inata da alma - exatamente o poder que o faria superar problemas e encontrar felicidade duradoura. Deus, sendo a própria Alegria, quer que busquemos e encontremos, dentro de nossas almas, Sua bem-aventurança sempre nova.

As imitações são nocivas, pois são as iscas de maya, a força cósmica ilusória que está sempre tentando arruinar todas as belas expressões de Deus neste universo. Em toda a criação, vemos as forças duais do bem e do mal em oposição: Deus criou o amor, a força satânica criou o ódio; Deus criou a generosidade, a força satânica criou o egoísmo; Deus criou a paz, a força satânica criou a desarmonia.

Sabendo disso, você deve compreender que o álcool e as drogas são prejudiciais à sua felicidade; eles destroem a verdadeira alegria e inteligência da alma. Até mesmo um gole de uma bebida alcoólica, ou uma única experiência com drogas, pode ser o começo de um hábito permanente, porque pode haver uma tendência de vidas passadas já gravada em seu subconsciente. O que é nocivo deve sempre ser evitado como tal."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 159/160)


domingo, 28 de setembro de 2014

O APEGO AOS OBJETOS DOS SENTIDOS


"(2:62, 63) Fixar mentalmente objetos dos sentidos faz com que nos apeguemos a eles. Do apego brota o desejo. Do desejo (quando insatisfeito) brota a cólera. A cólera gera a ilusão. A ilusão produz o esquecimento (do Eu). A perda da memória (memória de quem a pessoa é verdadeiramente) faz decair o poder do discernimento. À perda do discernimento segue-se à aniquilação do reto pensar.

Cada passo nessa descida tem um único responsável: o ego. Para guindar-se de novo à sabedoria, o ego iludido precisa atingir o ponto onde chegue a compreender que sua compreensão da vida até o momento só lhe trouxe sofrimento. Sua primeira pergunta, então, será: 'Acaso gosto de sofrer?' (Não, é claro!) E em seguida: 'O que aumenta o sofrimento e o que, ao contrário, o diminui?' A resposta é que a dor diminui quando diminui também o interesse exagerado por si mesmo. A apreensão dessa verdade leva aos primeiros lampejos de reconhecimento de uma realidade maior que o ego e o corpo. A névoa da ilusão começa a dissipar-se na mente e já ninguém se insurge contra o mundo por ele não lhe ter dado o que queria. Da aceitação do que é vem o afrouxamento dos laços do apego mundano. Do desapego vem a diminuição do interesse pelos objetos dos sentidos e o aumento do anseio pela sabedoria autêntica - anseio que desperta a devoção no coração, o amor à verdade e o desejo intenso de conhecer a bem-aventurança verdadeira e duradoura."

(A Essência do Bhagavad Gita - Explicado por Paramahansa Yogananda - Evocado por seu discípulo Swami Kriyananda - Ed. Pensamento, São Paulo, 2006 - p. 125/126)


sexta-feira, 12 de setembro de 2014

TUDO É BRAHMAN (PARTE FINAL)

"(...) Ninguém conhece o mistério que é a corrente elétrica; não se sabe por que se comporta dessa forma; não se conhece a exata natureza de sua origem e de seu fluxo. Não obstante tudo isso, ela é manipulada para milhares de usos, e se manifesta através de milhares de aplicações e instrumentos. Assim também, Deus É presente em toda parte, mas podemos compreender somente aquela parte d'Ele que se manifesta diante de nossa percepção. Pessoas comuns jurarão que a terra absolutamente não se move; ela é tida como símbolo de estabilidade. No entanto, tem dois movimentos, ambos incrivelmente rápidos! Gira em torno de seu eixo numa velocidade que excede 1.500 km horários, e enquanto gira sobre si mesma, move-se em redor do Sol numa velocidade estonteante! Mas tomamos conhecimento do que se passa? Deus também é uma realidade sempre presente dentro de nós e de cada ser, mas O perdemos de vista como perdemos de vista o mover-se da terra. Temos de O inferir através das provas e da evidência de Sua Providência, de Sua Graça, de Sua Majestade e de Sua Glória, exatamente como inferimos os movimentos do planeta, da lua, das estrelas pela observação sobre o céu, sobre as estações e o suceder de dias e noites. Impossível é descrever Deus usando o vocabulário que aprendemos do mundo. Temos de experienciar a Bem-aventurança ou realizá-la como sendo o íntimo de nosso ser. Um verdadeiro devoto será firme na fé, e ora ao Senhor não por padhartham (coisas, objetos materiais ou pela satisfação de desejos mundanos), mas por para-artham (a felicidade que transcende o mundo). Ao manifestar Prema (Amor), você somente está expressando Deus, o morador de seu coração.

'Aquele que conhece o mais vasto o mais vasto se torna' ('Brahmavid Brahmaiva Bhavathi'), dizem os sábios (rishis). A afirmação védica de que 'tudo é Brahman' (sarvam Brahama mayam) é a chave da compreensão do Princípio Eterno e Universal. Brahman é a Realidade do buscador, isto é, do cosmonauta, da pessoa que afirma sua existência, tanto quanto a existência daquela outra que dela duvida ou a nega. Dizer que o Divino é uma fantasia da imaginação de alguém é ser falso para sua própria genuína verdade. O Divino é o que integra e une todas as diversidades em uma única essência. Há que modelar o intelecto e alegrar a imaginação para tornar-se capaz de fazer uma ideia de Brahman, que é mais sutil que o mais sutil, mais vasto que o mais vasto. Brahman é o impulso verdadeiro atrás de toda aspiração e realização, mesmo da aspiração de O conhecer. Ele é a atividade em cada átomo e célula, bem como em cada estrela ou galáxia."

(Sathia Sai Baba -Sadhana O Caminho Interior - Ed. Record, Rio de Janeiro, 1993 - p. 76/77)

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

ESPALHAR A ALEGRIA DIVINA

"Todo dia, desde o alvorecer, irradiarei alegria a todos os que encontrar. Serei como um sol mental para todos os que cruzem meu caminho.

Acenderei velas de sorrisos nos corações tristes. As trevas fugirão diante da luz perene de minha alegria.

Que o meu amor espalhe seu riso em todos os corações, em todas as pessoas de todas as raças. Que o meu amor descanse no coração das flores, dos animais e nas partículas ínfimas de poeira cósmica.

Tentarei ser feliz em todas as circunstâncias. Tomarei a decisão de ser interiormente feliz agora, onde hoje me encontro.

Que minha alma sorria através de meu coração, e que meu coração sorria através de meus olhos, para que eu possa espalhar Teus preciosos sorrisos entre os corações tristes.

Contemplarei sempre, em minha vida, a imagem perfeita e saudável de Deus, plena de sabedoria e bem-aventurança."

(Paramahansa Yogananda - Meditações Metafísicas - Self-Realization Fellowship - p. 96/97)
http://www.omnisciencia.com.br/meditacoes-metafisicas.html


sexta-feira, 1 de agosto de 2014

NOSSO POTENCIAL INFINITO (1ª PARTE)

"Quando começamos a entender o ser total que o homem é, compreendemos que ele não é um simples organismo físico. Dentro dele há muitos poderes, cujo potencial emprega, em grau maior ou menor, para se adaptar às condições deste mundo. É muito maior esse potencial do que imagina o homem comum.

Por trás da luz de cada pequena lâmpada há uma grande corrente dinâmica; sob cada pequena onda existe o vasto oceano que se tornou nas numerosas ondas. Assim é com os seres humanos. Deus criou todos os homens à Sua imagem e deu liberdade a cada um deles. Mas você esquece a Fonte de seu ser e o poder sem igual de Deus que é intrínseco a você. As possibilidades deste mundo são ilimitadas; o progresso potencial do homem é ilimitado. O Você real é a prolífica Fonte de todo o poder, mas o você cotidiano é só um fragmento do que pode ser exteriorizado e manifestado. O Você básico e infinito em potencialidade.

Você é muito maior do que qualquer coisa ou do que qualquer pessoa que você ansiou ser. Deus manifesta-Se em você de um modo como não Se manifesta em nenhum outro ser humano: sua face é diferente da de qualquer outra pessoa; sua alma é diferente da de qualquer outra pessoa. Você basta a si próprio, pois dentro de sua alma está o maior de todos os tesouros: Deus. Todos os grandes mestres afirmam que dentro deste corpo está a alma imortal, uma centelha Daquilo que tudo sustenta.

De onde provém a nossa verdadeira personalidade? Vem de Deus. Ele é Consciência absoluta, Existência Absoluta e Bem-aventurança Absoluta. (...) Concentrando-se internamente, você pode sentir, de um modo direto, a divina bem-aventurança de sua alma dentro de você, e fora também. Se puder manter-se nessa consciência, sua personalidade externa vai-se desenvolver e vai tornar-se atraente a todos os seres. A alma é feita à imagem de Deus e quando nos estabelecemos na consciência da alma, nossa personalidade começa a refletir a Sua bondade e beleza. Essa é a sua verdadeira personalidade. Quaisquer outras características que você exiba são uma espécie de enxerto - elas não são o verdadeiro 'você'. (...)" 

(Paramahansa Yogananda - Onde Existe Luz - Self-Realization Fellowship - p. 03/04)

domingo, 20 de julho de 2014

BEM-AVENTURADOS OS PACÍFICOS, PORQUE SERÃO CHAMADOS FILHOS DE DEUS

"Somente quando estivermos iluminados pelo conhecimento unificador de Deus é que nos tornaremos seus filhos e produtores da paz. Claro que somos filhos permanentes de Deus, mesmo em nossa ignorância. Mas, em sua ignorância, nosso ego é 'imaturo': é arrogante e se esquece de Deus. Não podemos trazer paz enquanto não tivermos completado nossa união com Deus e com todos os seres. No estado de consciência transcendental (a união divina perfeita, que os hindus chamam samadhi) a alma iluminada não tem ego; seu ego está imerso na mente de Deus. Ao retornar a um nível mais baixo de consciência, mostra-se ela novamente segura da sua individualidade; agora, porém, tem um sentimento 'maduro' do ego, que não cria nenhuma escravidão para si mesmo ou para os outros. Para ilustrar esse ego amadurecido, as escrituras hindus falam de uma corda queimada: tem o aspecto de uma corda, mas não pode prender nada. Sem esse tipo de ego, não seria possível para um Deus-homem viver sob a forma humana e ensinar. Quando eu era ainda um jovem monge, um discípulo de Sri Ramakrisna disse certa vez:

'Por vezes é-me impossível ensinar. Para onde quer que olhe, vejo apenas Deus, usando diferentes máscaras, assumindo inúmeras formas. Quem é o mestre então? Quem deve ser ensinado? Mas, quando minha mente desce de nível passo a ver as tuas faltas e fraquezas e procuro removê-las.'

Há uma passagem no Bhagavata, escritura devota e popular dos hindus, que reza: 'Aquele em cujo coração Deus se manifestou leva a paz, a alegria e o encanto aonde quer que vá.' É o promotor de paz de que fala Cristo nas Bem-aventuranças. (...)"

(Swami Prabhavananda - O Sermão da Montanha Segundo o Vedanta - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 32/33)

O PODER DO DISCERNIMENTO

"Existe um forte empurrão da força vital, o desejo de viver. Se ele entra em ação num campo favorável, ele se transforma em amor; de outra maneira, ele permanece como desejo. Se o desejo é expresso em um campo favorável, é manifestado como amor. Então surge o conhecimento, depois a bem-aventurança. O poder, a força, a energia, a motivação no desejo é Deus. Se o desejo é bom ou mau, isso é relacionado ao tempo, lugar e pessoa. Nos primeiros anos, o desejo por realização material pode ser bom. Mais tarde na vida,  o mesmo desejo pode ser mau. A fruta que é boa um dia, pode apodrecer em alguns dias mais. Um lado da maçã pode tornar-se bom e outro apodrecer. O discernimento diz para você comer o lado bom e jogar fora o mau. Existe outra força em você, através da qual Deus trabalha, e ela é o discernimento. Essa força deve ser usada para pôr de lado a ação errada. O poder do discernimento sabe o que é certo e o que é errado. O desejo errado é Deus obscurecido por Maya (ilusão), enquanto que discernimento é Deus sem obscurecimento por Maya."

(J.S. Hislop - Conversações Com Sathya Sai Baba - Fundação Bhagavan Sri Satya Sai Baba do Brasil - p. 112) 

terça-feira, 24 de junho de 2014

AS AMARRAS DA IGNORÂNCIA

"Não se deixe desencaminhar pelo que você vê. O que seus olhos não veem é mais significativo. O homem tem em si toda Bem-aventurança, como também o necessário equipamento para a manifestar, mas está preso por terrível ignorância quanto a suas próprias fontes internas. Boa parte do desejo sensual deve ser descartada antes que a fonte interior de paz e alegria possa livremente fluir. Nenhuma tentativa pode se fazer para isso, e, assim, não há nem paz, nem amor, nem verdade no lar, na comunidade, na nação, no mundo. Mesmo os gêmeos tomam caminhos diferentes por viverem num mundo hostil, dominado por paixões e emoções. Só quando Deus é tomado como objetivo e guia, é que pode haver paz, amor e verdade. A constante evocação do Nome de Deus é um sintoma de autorrendição. Smarana (repetida evocação) é bastante. A ininterrupta evocação de soham, da Unidade Eu-Ele, é chamada akhanda-hamsa-japa, isto é, o incessante japa do mantra hamsa ou soham. Ele assegura libertação da ansiedade, do medo e da aflição. Quando a mente cessa, também cessam moha (desejo e o apego falhos), e kshaya ou declínio de moha já é libertação (moksha)."

(Sathya Sai Baba - Sadhana - O Caminho Interior - Ed. Record, Rio de Janeiro, 1993 - p. 231)
www.record.com.br


domingo, 4 de maio de 2014

QUE É DEUS?

"Agora: que é Deus? Se Deus não for Bem-aventurança e se Seu contato não produzir em nós Bem-aventurança, ou se nos trouxer apenas dor, ou se Seu contato não afastar de nós a dor, haveremos de desejá-Lo? Não. Se Deus é inútil para nós, não O queremos. Para que serve um Deus que permanece sempre desconhecido, cuja presença não se manifesta interiormente em nós, pelo menos em algumas circunstâncias de nossa vida?

Qualquer concepção que formemos de Deus pelo exercício da razão (por exemplo: 'Ele é transcendente' ou 'Ele é imanente') sempre permanecerá vaga, confusa, a menos que Deus seja realmente sentido como tal. Para falar a verdade, mantemos Deus, cautelosamente, distante de nós, concebendo-O às vezes apenas como um ser pessoal, e depois, também teoricamente, pensando que Ele está em nosso interior.

Por essa imprecisão de nossa ideia e experiência de Deus, não somos capazes de compreender a verdadeira necessidade que temos Dele e o valor pragmático da religião. Essa teoria ou ideia monótona deixa de ser convincente para nós. Não muda nossa vida, não influencia nossa conduta de modo apreciável, nem nos induz a tentar conhecer Deus."

(Paramahansa Yogananda - A Ciência da Religião - Self-Realization Fellowship - p. 42/43)
http://www.omnisciencia.com.br/livros-yogananda/a-ciencia-da-religiao.html


quinta-feira, 24 de abril de 2014

AS MÁS PROPENSÕES TENDEM A SE TRANSFORMAR EM HÁBITOS CONSOLIDADOS

"Muitos de nós estamos inclinados a acreditar em Deus se nossos desejos são atendidos, e nos negamos a acreditar quando o curso da vida flui contrariamente ao que pretendemos. Tais considerações, em qualquer caso, nada têm a ver com a verdade sobre Deus. As más propensões tendem a se transformar em hábitos consolidados. A doença de tais hábitos não pode ser curada por um sadhana (prática disciplinar) mecânico. Sobre isso há uma pequena história. Um indivíduo sofria de indigestão. Porque a doença se fizera crônica, e ele tomara diversos medicamentos. Entretanto, para a sua felicidade apareceu um santo e sugeriu-lhe a cura. Disse-lhe para mascar e chupar pedras de sal durante o dia inteiro. Fazendo assim, tempos depois lhe veio um grande alívio. Essa pessoa costumava distribuir doces às crianças em dias de festival. Num dia de dipavali visitou várias lojas e em todas achou que os laddus (um tipo de doce) eram amargos. O dono de uma das lojas, que conhecia seu hábito de chupar sal, sugeriu-lhe que lavasse a boca antes de provar um laddu. Concordando, o homem constatou que o laddu era doce. Da mesma forma, enquanto sucumbindo a seus maus hábitos, você não alcançará a fragrância doce e santificante da sagrada companhia das divinas personalidades, que venha a encontrar. Somente depois de limpar a mente, você se beneficiará das boas companhias. Depois, pode vir a gozar a Bem-aventurança de Atma."

(Sathya Sai Baba - Sadhna O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 56/57)

terça-feira, 8 de abril de 2014

O ERRO LEVA A ILUSÃO E AO SOFRIMENTO

"Todo homem tem três erros a corrigir: mala; vikshepa; e avarana. Mala é ajnana, ou seja, a ignorância básica, que faz o décimo (aquele que conta os outros nove enquanto desconhece que o décimo é ele mesmo) declarar que não há dez homens. Esta ajnana ou mala é o miasma que provoca a declaração (típica de) avarana¹. E vikshepa (aflição) é o efeito de tal declaração, que leva todos os dez homens a procurarem no rio o homem que consideravam perdido. Mala é consequência de ações (karma) praticadas nesta e em vidas pregressas. Mala pode ser vencido por nishkamakarma (atividade sem nenhuma vinculação ao benefício ou perda resultante). O efeito avarana vem a ser superado por cultivar sahana (tolerância, equanimidade, paciência) e anyonyatha (o sentir-se pertencendo ao outro). Se os dez homens estivessem intimamente unificados pela solidariedade mental, nenhum teria sido tomado por perdido! Assim também, vikshepa (padecimento, perturbação) pode ser vencido pela força de Prema (Amor). O Amor teria revelado cada um ao outro, e nenhum teria sido considerado perdido. A forma de você se equipar com Ananda (Bem-aventurança) é o caminho do Amor, da dedicação e do serviço. 

A Verdade é o grande purificador. 'Manas satyena sudhyatha' quer dizer 'a mente é levada pela Verdade'. A verdade não admite sujeira ou pecado, defeito ou fraude."

¹. Uma parábola conta que dez homens atravessaram perigosamente um rio caudaloso. Já na outra margem, o líder contou-os para ver se algum se afogara. Ficou aflito, pois, que, por mais que contasse, só via nove. Um se perdera. Daí sua aflição. Cada um dos outros também só conseguia contar nove. Todos, aflitos, foram vasculhar a margem. Um homem lúcido que passava acabou com o sofrimento de todos ao esclarecer que aquele que coantava os demais não se incluira na contagem, sendo ele o décimo homem. O sofrimento gerado pelo estado de ilusão cessou com a remoção do véu da ignorância (avarana). A perturbação (vikshepa) fora gerada e nutrida por avarana, isto é, pela errônea convicção de que eram somente nove homens. Mala ou impureza, é a causa de avarana; em outras palavras, a ignorância gera a afirmação equivocada, a qual, por sua vez, gera o padecimento. 

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1989 - p. 70)


segunda-feira, 7 de abril de 2014

A PROVA DA EXISTÊNCIA DE DEUS ESTÁ DENTRO DE NÓS (PARTE FINAL)

"(...) Não há sombra de dúvida quanto à identidade absoluta entre a consciência de Bem-aventurança e a consciência de Deus, porque quando temos essa consciência de Bem-aventurança sentimos que nossa estreita individualidade foi transformada e que transcendemos a dualidade do amor e do ódio mesquinhos, do prazer e da dor; alcançamos um nível a partir do qual se torna extremamente óbvio o caráter doloroso e inútil da consciência comum.

E também sentimos uma expansão interior e uma compaixão para com todas as coisas. Os tumultos do mundo extinguem-se, as agitações desaparecem e começamos a sentir a consciência de 'todos em Um e Um em todos'. Surge uma gloriosas visão de luz. Todas as imperfeições, todas as asperezas reduzem-se a nada. Somos transportados a outra esfera, à origem da perene Bem-aventurança, o ponto de partida de uma interminável continuidade. Não é, pois, a consciência de Bem-aventurança a mesma consciência de Deus, na qual aparecem os estados de percepção acima citados?

É evidente, portanto, que Deus não poderá ser mais bem concebido do que como Bem-aventurança se tentarmos trazê-Lo para o âmbito da experiência de tranquilidade de cada um. Deus não continuará sendo então uma hipótese, sujeito à formulação de teorias. Não é essa uma concepção mais nobre de Deus? Ele é percebido manifestando-Se em nossos corações, na forma de Bem-aventurança na meditação - em espírito de oração ou de reverente adoração." 

(Paramahansa Yogananda - A Ciência da Religião - Self-Realization Fellowship - p. 45/46)


domingo, 6 de abril de 2014

A PROVA DA EXISTÊNCIA DE DEUS ESTÁ DENTRO DE NÓS (1ª PARTE)

"Que diz a Religião Universal a respeito de Deus? Diz que a prova da existência de Deus está dentro de nós. É uma experiência íntima. Com certeza você pode se lembrar de pelo menos uma ocasião na vida em que, durante a oração ou um culto, sentiu que as limitações do corpo quase se desvaneciam, que a experiência de dualidade - prazer e dor, amor e ódio mesquinhos, etc. - afastava-se de sua mente. Bem-aventurança pura e serenidade brotaram em seu coração, e você experimentou uma tranquilidade imperturbável: Bem-aventurança e contentamento. Embora esse tipo de experiência superior nem sempre ocorra a todos, não pode haver dúvidas de que todas as pessoas, uma vez ou outra, durante a oração ou em estado de adoração ou meditação, experimentaram alguns momentos de perfeita paz. 

Não é essa uma prova da existência de Deus? Que outra prova direta da existência e da natureza de Deus podemos dar, além da existência da Bem-aventurança dentro de nós nos momentos de verdadeira oração ou culto? Há, porém, outras provas da existência de Deus: a prova cosmológica (do efeito elevamo-nos à causa; do mundo, ao Criador do Mundo), a prova teleológica (do telos [plano, adaptação] do mundo elevamo-nos à Inteligência Suprema que criou o plano e a adaptação) e também a prova moral (da consciência e do sentimento de perfeição elevamo-nos ao Ser Perfeito, diante de quem somos responsáveis).

Ainda assim, devemos admitir que essas provas são, em certa medida, produtos da inferência. Não podemos ter conhecimento pleno ou direto de Deus por meio das faculdades limitadas do intelecto. O intelecto proporciona apenas uma visão parcial e indireta das coisas. Ver uma coisa intelectualmente não é o mesmo que experimentá-la ao se unificar com ela; é ver uma coisa à distância estando separado dela. A intuição, porém, que mais tarde analisaremos, é a apreensão direta da verdade. É na intuição que a consciência de Bem-aventurança, ou consciência de Deus, é experimentada. (...)

(Paramahansa Yogananda - A Ciência da Religião - Self-Realization Fellowship - p. 43/45)

sexta-feira, 4 de abril de 2014

SENTIMENTOS E EMOÇÕES OBSCURECEM A ALMA

"Até agora você achou que tinha certas qualidades, com emoções e sentimentos caraceterísticos. Patânjali declara que você está apenas usando uma máscara de paixões e desejos. Você a usa há tantas encarnações que esqueceu completamente sua verdadeira natureza. Quando perceber que só personifica, todos os dias, características diferentes, de acordo com a mudança dos sentimentos, não será mais a mesma pessoa, pois conseguirá se desfazer desses estados ilusórios. Quando perceber que a paixão e a raiva não fazem parte de sua verdadeira natureza, as emoções não terão mais controle sobre você. Cada pessoa é intrinsecamente maravilhosa - só precisa se livrar da máscara da consciência do ego. Lembre-se disso. 

Se você puser um diamante perto de um gato preto, o diamante refletirá a cor preta. Será que você pode afirmar que o diamante é preto? Não. Assim que você tirar o gato de lá e colocar o diamante sob a luz, esse ofuscará os olhos com seu brilho natural. O gato preto é a inquietude, que turva a consciência com emoções, obscurecendo a luz e a alegria da alma. A própria natureza da inquietude é tal que, na mesma hora em que você está sentindo prazer com alguma coisa, já começa a procurar outra coisa, com um persistente descontentamento que é agitado pelos sentimentos. Mas a bem-aventurança - a alegria divina oculta na alma - é sempre nova, sempre constante na consciência, e como proporciona satisfação completa, faz a inquietude desaparecer. Espero que compreenda o valor destas palavras. É o caminho para se libertar de todo o sofrimento."

(Paramahansa Yogananda - O Romance com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 224)


segunda-feira, 17 de março de 2014

A ALMA DEVE REASCENDER ATÉ DEUS

"Antes que a criação existisse, havia a Consciência Cósmica: o Espírito ou Deus, como Absoluto, a Bem-aventurança sempre existente, sempre consciente, sempre nova, além da forma e da manifestação. Quando a criação surgiu, a Consciência Cósmica 'desceu' para o universo físico, onde Se manifesta como Consciência Crística:¹ o reflexo puro e onipresente da inteligência e da consciência de Deus, inerente a toda a criação e nela oculto. Quando a Consciência Crística desce para o corpo físico do homem, torna-se alma ou superconsciência: a bem-aventurança sempre existente, sempre consciente e sempre nova de Deus, individualizada por encerrar-se no corpo. Identificando-se com o corpo, a alma se manifesta como ego ou consciência mortal. A Ioga ensina que a alma deve tornar a subir, pela escada da consciência, de volta ao Espírito.²"

¹ As escrituras hindus referem-se à Consciência Crística como Kutastha Chaitanya, consciência universal ou inteligência onipresente. 
² A Ioga ensina que a morada da alma - da vida e da consciência divina do homem - situa-se nos centros espirituais sutis do cérebro: Sahasrara, o lótus de mil pétalas, no topo do cérebro, sede da consciência cósmica; Kutastha, no ponto entre as sobrancelhas, sede da consciência crística; e o centro que se localiza no bulbo raquidiano (ligado por polaridade ao Kutastha), sede da superconsciência. Descendo para o corpo (e para a consciência física), a partir dos centros de mais alta percepção espiritual, a vida e a consciência fluem para baixo, ao longo da coluna vertebral, passam pelos cincos centros espinhais astrais (...) e se distribuem exteriormente pelos órgãos físicos vitais, pelos órgãos de percepção sensorial e pelos órgãos de ação.
Para reconquistar a percepção beatífica de sua unidade com Deus, a alma humana deve inverter o curso descencional, subindo pela rota sagrada da coluna até seu lar, nos centros mais elevados de percepção divina, no cérebro. 

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 17/18)


terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

O SIGNIFICADO DOS FESTIVAIS HINDUS - DIPAVALI

"Dipavali é o Festival da Luz. O conhecimento é considerado como Luz, mas, comumente, não passa de nevoeiro que obscurece. Somente o Amor propicia Luz. Expansão é vida, e expansão é a essência do Amor. Amor é Deus. Viva em Amor. A partir de uma única lamparina, você pode acender milhões, mesmo assim, a primeira nada perde. Assim também é o Amor. Dipavali destina-se a ensinar esta lição da Luz e do Amor. Sem uma lamparina acesa nenhuma cerimônia auspiciosa é iniciada. Onde a lamparina do Amor estiver brilhando, Deus se manifesta. Conserve-a acesa e pura. 

Deus primeiro; o mundo depois; o eu por último. Você tem de tornar-se um sadhaka (ascetas, aquele que pratica a disciplina) agora ou depois, tanto que possa se libertar dos nascimentos e mortes! Agora todas as coisas estão as avessas, e Deus não é encontrado. Você pode apegar-se a Ele seguindo os três caminhos (margas), que são: jnana (da sabedoria); bhakti (da devoção); e karma (da ação). Você pode viajar em primeira, segunda ou terceira classe no trem, mas o destino é o mesmo. Ative efetivamente os caminhos; eles são apenas partes de um único raio. 

O progresso e a Bem-aventurança espirituais dependem de esforço disciplinado. Ele pode vir somente mediante uma labuta austera e árdua, e não através de caminhos fáceis e agradáveis.¹ A vida torna-se um empreendimento melhor somente quando se tem hábitos disciplinados, concentração mental, renúncia aos prazeres sensuais e fé no Ser (Atma). Ninguém que desconheça o caminho pode atingir a meta. Ninguém que desconheça a meta pode optar por um caminho correto, e muito menos nele avançar. Antes de decidir sobre a jornada, você deve ter uma concepção apropriada do caminho bem como do destino a atingir."

¹ "Entrai pela porta estreita (larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz para a perdição e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta e apertado o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela", advertiu Nosso Senhor Jesus Cristo (Mateus 7:13). Desconfiemos de Gurus (?!) que vendem 'facilitários".

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 236/237)


sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

A LIBERTAÇÃO DOS APEGOS

"O ilimitado poder criativo da consciência só pode operar quando não existem mais a limitação do apego, nem a identificação com os objetos. Com a libertação dos apegos, dá-se a descoberta de mais um dos valores eternos inerentes à consciência.

Devido ao fato de que quando não há liberdade interna os outros valores absolutos não podem florescer, no oriente, a libertação espiritual é considerada o objetivo fundamental da existência humana. A liberdade, como a felicidade, é buscada instintivamente pela vida confinada em quaisquer formas, o que indica que a liberdade é inerente à própria natureza do ser humano.  Quando está livre do apego às coisas finitas, a consciência recupera seu estado natural e original.

A liberdade tem sido descrita como o estado natural do ser humano em obras sobre ioga, pois no estado de liberdade se manifesta tudo o que é inerente à consciência, inclusive valores ainda não mencionados. Sabedoria, amor, harmonia, pureza e plenitude são alguns dons naturais da consciência – além de liberdade, bem-aventurança e inteligência."

(Radha Burnier - O Caminho do Autoconhecimento – Ed.Teosófica, 2ª Edição, p. 113/114)


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

TRANSCENDER O LIMIAR DA ILUSÃO

"Enquanto você estiver submetido pela ignorância (avidya), na medida em que seja destreinado e ignorante, é-lhe impossível saborear a Bem-aventurança; você não a pode alcançar. Atado ainda se encontra pela corda trançada de três ‘pernas’ – a negra, de tamas; a vermelha, de rajas; e a branca, de sattva¹. Negue que está amarrado, e a corda cairá. Daí por diante, administre sua vida de forma tal que não cause lesão à natureza interna. Com isso, quero dizer que viva em constante consideração de seu parentesco com os outros e com o universo. Faça bem aos demais. Trate toda natureza com bondade. Fale manso e docemente. Faça-se uma criancinha sem inveja, ódio ou cobiça.

Quando seu ego transpuser as fronteiras da família ou do grupo e você tomar, com bondade, aqueles que estão além de tais fronteiras, terá então dado o primeiro passo para transcender o limiar da ilusão (maya)."

¹ O universal material (Prakritti) é formado pela interação dos três gunas (tamas – ignorância, treva, estagnação...; rajas – paixão, força, agitação, violência...; sattva – harmonia, luz, santidade...), que se entrelaçam com as três ‘pernas’ que formam uma corda. (...)

(Sathya Sai Baba – Sadhana O Caminho Interior – Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 – 152)