OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


Mostrando postagens com marcador coração. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador coração. Mostrar todas as postagens

domingo, 14 de maio de 2017

O DESPERTAR DA ILUMINAÇÃO (2ª PARTE)

"(...) Quanto Parcifal chegou ao castelo do Graal, a paisagem em volta era árida e seca. Nada ali jamais crescera ou florescera. Ao conhecer o rei, viu que ele estava cheio de dor e sofrimento. Mas Parcifal ficou admirado com suas próprias visões e permaneceu como um observador, trancado em seu próprio mundo. Desse modo, nada fez para ajudar.

Este é um quadro comum em nossas vidas atuais. O meio ambiente e a sociedade são um mero reflexo do caos interno do homem. A nossa realidade individual nada mais é que um reflexo do nosso próprio mundo interior. A cura e a totalidade só são atingidas quando tocamos para diante a nossa vida interna.

Em A Voz do Silêncio, H. P. Blavatsky indaga: 'Você sintonizou seu coração e sua mente com o grande coração e a grande mente da humanidade?' Todos nós precisamos aprender a nos comunicar com empatia e compaixão, através dos nossos corações, tanto por nós mesmos quanto pelos outros. Estamos acostumados a usar a mente. Todo dia nos comunicamos com facilidade em nossos bate-papos. Discutimos esperanças e temores, problemas e sonhos. Mas, como Parcifal, que em sua primeira visita ao castelo não teve suficiente empatia com o rei ferido para fazer a pergunta que o curaria, nós falhamos em nos sentir realmente unidos aos nossos irmãos. 

Como afirma Rudolf Steiner, no livro The Holy Grail, 'somos tanto o rei ferido Amfortas quanto o cavaleiro aspirante Parcifal. Somente quando ganhamos autoconhecimento é que somos levados dessa dualidade para a unidade'.

Unidade é a chave para a compreensão do Graal e de suas propriedades transformadoras. Para atingir a totalidade, a cura e a unidade com o universo, nossos corações e mentes devem estar abertos a todas as possibilidades. Precisamos aprender a fazer as perguntas nas quais Parcifal tropeçou, que nos levarão à compreensão de uma natureza mais elevada. Estamos todos interconectados, tanto com os outros seres humanos quanto com todo o universo. (...)"

(Christine Lowe - A miragem do Graal - Revista Sophia, Ano 2, nº 6 - p. 12/13)


segunda-feira, 24 de abril de 2017

COMO SEGUIR O CAMINHO (PARTE FINAL)

"(...) Como disse o Buda no seu primeiro ensinamento, a raiz de todo nosso sofrimento no samsara é a ignorância. Até que nos livremos das suas malhas, ela pode parecer infinita e pode enevoar nossa busca, mesmo quando já estamos trilhando o caminho da espiritualidade. No entanto, se você se lembrar disso e ficar com os ensinamentos no seu coração, desenvolverá gradualmente o discernimento para reconhecer as inúmeras confusões da ignorância tais como são, sem nunca pôr em risco o seu empenho ou perder a sua perspectiva.

A vida, como nos ensinou o Buda, é breve como um relâmpago; no entanto, como disse Wordsworth: 'O mundo está demasiadamente conosco: obtendo e gastando nós devastamos nossos poderes'. Essa ruína dos nossos poderes, essa traição da nossa essência, esse abandono da miraculosa oportunidade que esta vida - o bardo natural - nos dá de conhecer e corporificar a nossa natureza iluminada, é talvez a coisa mais dolorosa a respeito da vida humana. O que os mestres estão nos dizendo de fundamental é para pararmos de enganar a nós mesmos: o que teremos aprendido se no momento da morte não soubermos quem de fato somos? Como diz o Livro Tibetano dos Mortos:

Com a mente muito longe, sem pensar na vinda da morte,
Cumprindo estas atividades sem sentido,
Voltar de mãos vazias, agora, seria completa confusão;
Necessário é o reconhecimento, o ensinamento espiritual,
Então por que não praticar o caminho da sabedoria neste exato momento?
Da boca dos santos vêm estas palavras:
Se você não mantiver o ensinamento do mestre em seu coração
Não estará enganando a si mesmo?"

(Sogyal Rinpoche - O Livro Tibetano do Viver e do Morrer - Ed. Talento/Ed. Palas Athena, 1999 - p. 177/178

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

O SEGREDO DOS RELACIONAMENTOS CORRETOS (1ª PARTE)

"As corretas relações são a culminância de correta intenção, correto pensamento e correta ação. Elas surgem quando vemos além das faltas, dos desejos e das imperfeições da personalidade, abrindo-nos para a luz da alma de um outro ser humano.

Mas antes de sermos capazes de desenvolver corretas relações com os outros, precisamos estabelecer corretas relações com nós mesmos. Precisamos buscar a totalidade de nossa natureza dual, masculina e feminina, intuitiva e intelectual, personalidade e alma, uma unidade uma reconciliação. Essa é a chave para o contentamento, a alegria e uma vida com vitalidade e energia. Esse retorno à totalidade, ou melhor, à compreensão de sua própria totalidade, é a chave para toda cura e crescimento interior.

Começamos com a audição - ouvir com correta intenção, ouvir com o coração. O ouvir nos traz para o momento. É o viver com atenção - a conexão última com o que é. Ouvir nossa própria orientação interior, a mensagem de nossa alma, nosso eu superior que nos fala por meio da intuição, mostrando como nos sentimos a respeito de algo quando, na quietude, nós nos voltarmos para o interior. Isso é pôr-se em contato com o que há de mais profundo em você e com os sentimentos sinceros sobre qualquer situação dada, sendo honesto a respeito do que você aí encontra. Será isso verdadeiramente o que é certo para mim? Ou será algo que quero que seja certo para mim? A honestidade requer coragem e um profundo comprometimento com o caminho da sua alma.

Com o aquietamento regular da mente e o mergulho no silêncio, conseguimos reconhecer pensamentos e sentimentos que surgem do desejo inferior, os quais enchem nosso ego e cuidam de 'mim' como sendo separado dos 'outros'. Esses pensamentos geralmente se situam ao nosso redor protegendo nossa posição como sendo a correta, ou afirmando uma crença que temos. (...)"

(Teresa McDermott - O Segredo dos relacionamentos corretos - Revista Sophia, Ano 10, nº 40 - p. 27)
www.revistasophia.com.br


quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

OFEREÇA TODAS AS TUAS AÇÕES A DEUS

"O que quer que façamos com este corpo, nós o conduzimos a novo nascimento. Todas as ações - boas ou más - podem ser comparadas a sementes. A fim de evitar a semeadura de tais sementes, devemos praticar todas as ações com isenção de desejo. Todas as ações devem ser feitas em Deus, e para Seu prazer. Ao varrer um lugar, pense que o está fazendo para limpar seu próprio coração, o santuário de Deus. Quando ajudar ou ofender outrem, pense que o está fazendo a si mesmo. Assim, nunca chegará a ofender quem quer que seja.

Se pudermos desenvolver autoconfiança e depois tentarmos controlar nossos órgãos sensórios, conseguiremos passar nossas vidas juntos à Divindade e por fim alcançá-La. Todos os órgãos de nosso corpo são controlados pela língua. Se pudéssemos somente controlar o paladar, evitaríamos os excessos no comer e no falar; poderíamos assim também evitar palavras que não devem ser pronunciadas, melhoraríamos a saúde e teríamos paz em nossa mente."

(Sathya Sai Baba - Sadhana, O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p´. 164/165)


quarta-feira, 23 de novembro de 2016

AÇÃO SEM APEGO (1ª PARTE)

"No livro Aos pés do mestre, lê-se: 'O que quer que faças, faze-o de todo coração, como se para o Senhor, e não para os homens'. E: 'O que quer que tua mão encontre para fazer, que o faça com teu poder'.

Annie Besant escreveu no seu livro de Meditações: 'Fixai vossa mente rigidamente na tarefa que tendes perante vós no momento e, quanto tiverdes terminado, abandona-a'.

Essas palavras dão-nos o mesmo e único conselho, que é fazer nosso trabalho com plena atenção. Isso significa também que não deve haver apego. Quando trabalhamos sem apego, então o que importa é o trabalho em si e não os resultados. Hoje em dia, quando um pintor pinta uma tela, ele coloca seu nome na tela para que todos possam ver quem é o artista. Antigamente, os pintores não faziam isso. Apenas a tela é que era importante. Isso quer dizer que o que é importante é o próprio trabalho e não o autor. O Mestre diz: 'O que quer que façais, fazei de coração [...] o que quer que façais!' Temos aqui o conselho essencial, que devemos apreciar sem pressa. 

Todo trabalho que fizermos, devemos fazê-lo de coração, que significa com amor. O amor está sempre no momento presente, e nesse momento a 'cabeça' está em silêncio. O que está acontecendo no presente deveria ser observado profundamente. Aqui o Mestre nos diz que o que importa é a nossa atitude, como o trabalho deve ser feito. Ele não fala a respeito de como obter resultados. 

Se praticarmos esse conselho todos os dias, presistentemente, então um dia reconhecemos que o ser que está fazendo o trabalho é o nosso Eu mais recôndito. Thich Nhat Hanh escreve no seu livro Cultivating the Mind of love:
Quando fores voluntário para limpar a cozinha ou lavar a louça, se praticas como um Bodhisattva, terás grande alegria e felicidade enquanto trabalhas. Mas, se tiveres o sentimento 'estou trabalhando muito, e os outros não estão contribuindo com sua parte', sofrerás, porque tua prática é baseada na forma [...] (...)'
(Duzan Zagar - Ação sem apego - TheoSophia - Outubro/Novembro/Dezembro de 2011 - Pub. da Sociedade Teosófica no Brasil - p. 35)
http://www.sociedadeteosofica.org.br/


sexta-feira, 11 de novembro de 2016

QUAL A DIFERENÇA ENTRE OLHAR E VER? (PARTE FINAL)

"(...) Ver é simplesmente clareza – olhos abertos, mente aberta, coração aberto; não buscar algo em particular, mas simplesmente estar pronto e receptivo. O que quer que aconteça, você vai permanecer alerta, receptivo, perceptivo. Uma conclusão não está ali. A conclusão ainda está por vir: com seus olhos você verá, e então haverá uma conclusão. A conclusão está no futuro. Quando você está vendo, a conclusão ainda não está lá. Quando você está olhando, buscando, a conclusão já está lá. E vamos interpretar segundo as nossas ideias. 

Na noite passada, eu estava lendo uma piada: Uma criança pequena está lendo um livro de figuras sobre a vida selvagem e fica intrigada com as ilustrações de leões ferozes. Ela lê tudo o que está escrito ali, mas uma pergunta não é respondida e então ela a formula para sua mãe: 'Mamãe, que tipo de vida amorosa têm os leões?'. A mãe diz: 'Filho, não sei muita coisa sobre os leões porque todos os amigos do seu pai são Rotarianos'. 

Se você tem alguma ideia em mente, você corrompe. Então você não está escutando o que está sendo dito – está escutando segundo você mesmo. Então, sua mente está desempenhando um papel ativo. Quando você está olhando, buscando, sua mente está ativa. Quando você está vendo, a mente está passiva. Essa é a diferença. Quando você está olhando, a mente está tentando manipular. Quando você está vendo, a mente está silenciosa, apenas observando, disponível, aberta, sem nenhuma ideia em particular para impingir à realidade. 

Ver é estar nu. E você só pode chegar à verdade quando está absolutamente nu; quando se despojou de todas as suas roupas, de todas as filosofias, de todas as teologias, de todas as religiões; quando você descartou tudo o que lhe foi dado, quando ficou de mãos vazias, sem nenhum tipo de conhecimento. Quando você chega com conhecimento, você já chega corrompido. Quando você chega com inocência, sabendo que não sabe, então as portas estão abertas – e aí você será capaz de saber. Só aquela pessoa que não tem conhecimento é capaz de saber."

(Osho - Inocência, conhecimento e encantamento - Academia)


sexta-feira, 27 de maio de 2016

O PODER DO PENSAMENTO (1ª PARTE)

"Uma das mais antigas escrituras budistas, o Dhammapada, afirma em seus versos de abertura que o homem é fruto de seus pensamentos, e que se ele fala ou age com coração impuro, o sofrimento irá segui-lo com tanta certeza quanto a carroça segue a pata do boi; mas se ele fala ou age com coração puro, a felicidade irá persegui-lo até o fim, como uma sombra. 

Todo o nosso futuro, portanto, depende da qualidade dos nossos pensamentos e desejos, pois por mais que o ambiente afete nossas vidas, no final são os nossos pensamentos e as nossas motivações que exercerão a influência mais duradoura sobre nosso caráter. Encontramos essa mesma ideia em todas as literaturas sagradas do mundo, e com não menos ênfase nas escrituras cristãs, como testemunham as palavras desafiadoras de Jesus aos fariseus: 'Ou fazei com que a árvore seja boa, e seus frutos bons; ou fazei com que a árvore seja ruim, e seus frutos ruins; pois a árvore é conhecida por seu frutos. Ó geração de víboras, como podeis, sendo maus, falar de coisas boas? Pois é da abundância do coração que fala a boca. O homem bom, do bom tesouro do coração produz coisas boas: e o homem mau, do mau tesouro produz coisas más.' (Mateus 12:33-5)

Há toda uma filosofia de 'correto viver': da abundância do coração - não necessariamente da mente - o homem fala e age. Mas o que são os pensamentos, e de onde vêm? Aqui tocamos o âmago do mistério da criação, da evolução de todas as coisas, do universo aos átomos. O nosso mundo, o próprio universo, não é fruto do acaso, mas foi criado por um pensamento divino.

O que é um ser humano, uma planta, um animal ou o cosmo? Os mitos da criação de todos os povos antigos contam a mesma história: somente as trevas preenchiam a infinitude ilimitada do espaço enquanto 'o universo ainda estava oculto no pensamento divino e no divino seio' (A Doutrina Secreta, H. P. Blavatsky). Então, quando a luz varou as trevas do vazio, a inteligência cósmica produziu, 'pelo pensamento', o universo, com todas as suas famílias de entidades. (...)"

(James A. Long - O poder do pensamento - Revista Sophia, Ano 12, nº 47 - p. 30)


domingo, 27 de dezembro de 2015

ATRAÇÃO E REPULSÃO

"(3:34) A atração e a repulsão (pelos) objetos dos sentidos pertencem ao fluxo e refluxo naturais da dualidade. Toma o mesmo cuidado com ambas, pois elas são o maior inimigo do homem!

Atração e repulsão são formas extremas do prazer e do desprazer. Gostar exageradamente de alguma coisa é, por definição, erro tão grande quanto desgostar de seu oposto. A realização em Deus depende de neutralizarmos todas as nossas reações, nivelarmos seus picos e vales, e percebermos o Espírito único e imutável no cerne de tudo o que existe.

O segredo não está em deixar de usufruir alguma coisa: essa 'solução' só conduz à apatia e, consequentemente, ao embotamento da percepção. O segredo está, isso sim, em trazer para o coração todos os gozos; constatar que eles têm sua causa nas reações; e depois, conscientemente, fazer com que essa energia suba pela espinha, passando do coração para o cérebro. 

Gostos e aversões não são, em si e por si, inimigos do homem. Lembram antes vizinhos importunos. As formas extremas desses sentimentos, porém - atração forte, repulsão violenta -, podem lançar a pessoa numa tempestade emocional que acabará por mergulhá-la nas ondas vorazes da ilusão. Nunca se deixe apaixonar-se (a paixão é a atração extrema) por nada nem ninguém. Nunca se permita odiar seja lá o que for. Procure antes aceitar esse sonho tal qual é, ainda que ele se transforme em pesadelo! Sua única esperança é ascender a um nível superior de consciência.

Algumas pessoas são de fato repelentes. Não gaste suas energias reagindo a elas, nem por antipatia nem por repugnância. Não as acolha em sua 'galáxia' de interesses. Passe ao largo como o cisne, por cujo corpo a água escorre sem jamais molhá-lo.

Proteja os sentimentos de seu coração do alvoroço das reações extremas, projetando paz e boa vontade em derredor. Descontraia as fibras do coração. Descontraia-se também externamente, do coração até os ombros. Em seguida, transfira a energia do coração, ao longo da espinha, para o cérebro. Quando, por exemplo, pessoas gritarem raivosamente à sua volta - sobretudo, dirigindo-se a você -, descontraia-se por dentro; centre-se no Eu; sorria do fundo do coração e recorde: 'Só amo a Deus!'"

(A Essência do Bhagavad Gita - Explicado por Paramhansa Yogananda - Evocada por seu discípulo Swami Kriyananda - Ed. Pensamento, São Paulo, 2006 - p. 175/176)


quarta-feira, 18 de novembro de 2015

O HOMEM QUE EXIBE SUA RELIGIÃO NÃO TEM RELIGIÃO NENHUMA

"Quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; pois eles desfiguram o rosto para que aos homens pareça que jejuam. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa.
Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça e lava o teu rosto;
Para não pareceres aos homens que jejuas, mas a teu Pai, que está em oculto; e teu Pai, que vê em oculto, te recompensará publicamente. 

Um provérbio hindu adverte: 'Cuidado com coisas assim: homem que usa uma folha sagrada na orelha, que é reservado e não diz absolutamente nada, que não consegue guardar segredo e fala demais; cuidado com a mulher que usa véu duplo e água de lagoa coberta de espuma.' Noutras palavras, cuidado com aquilo que é diferente do que parece. O homem que exibe sua religião não tem religião nenhuma. Se uma pessoa anela sinceramente pela visão de Deus, ela será recompensada pelo Pai 'que vê em oculto', pelo Senhor que habita no mais íntimo do coração. Tal pessoa, encontrando a religião dentro de si, será humilde demais para manifestá-la exteriormente: ela a guarda inviolável no seu íntimo.

Além disso, espiritualidade e tristeza não andam juntas. A psicologia iogue explica que a prática das disciplinas religiosas purifica a mente. E a mente purificada - segundo lemos num dos aforismos do Patanjali - perde toda a letargia e melancolia (tamas) e firma-se no contentamento (sattva). Comentando este aforismo, disse Swami Vivekananda:

'O primeiro sinal de que se está tornando religioso é sentir-se contente. Quando uma pessoa está melancólica, isso pode ser dispepsia, mas não é religião. Um sentimento agradável é a natureza de sattva. Tudo é agradável ao homem sáttvico, e quando chega esta esperança, é sinal de que se está progredindo na ioga. ... Para o iogue, tudo é bem-aventurança; cada face humana que ele vê traz-lhe contentamento. Isso é sinal de uma pessoa virtuosa. A miséria é provocada pelo pecado e por nenhuma outra causa. O que se pretende com semblantes sombrios? ... Se você estiver com o rosto carrancudo, não saia de casa nesse dia; feche-se no quarto. Que direito tem você de levar essa perturbação pelo mundo afora?"

Deus é amor e bem-aventurança - o extremo oposto da tristeza. O homem que conserva sua mente em Deus será inundado de alegria. Lemos num breviário monástico: 'Bebamos alegres a embriaguez sóbria do Espírito!""

(Swami Prabhavananda - O Sermão da Montanha Segundo o Vedanta - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 106/108

sábado, 26 de setembro de 2015

MEDITAÇÃO PARA SINTONIA COM A SUBLIMIDADE INTERIOR

"Ensina-me a não me drogar com o narcótico da impaciência. Hoje, meditarei mais profundamente que ontem. Amanhã, meditarei mais profundamente que hoje. 

Hoje, com o toque suave da intuição, sintonizarei o rádio de minha alma e livrarei minha mente da estática da impaciência para ouvir a vibração cósmica de Tua voz, a música dos átomos e a melodia do amor ecoando em minha supraconsciência. 

Dentro de mim, encontrarei perpétua felicidade celestial. A paz reinará tanto no silêncio quanto em plena atividade. Deixa-me ouvir Tua voz, ó Deus, na caverna da meditação!

Ensina-me, ó Espírito, a interromper pela meditação a tempestade da impaciência mental e das perturbações sensoriais que assolam o lago de minha mente. Que a varinha mágica de minha intuição faça cessar os ventos das paixões e dos desejos inúteis. No lago sereno de minha mente, que eu contemple o reflexo não distorcido da lua de minha alma, refulgindo com o brilho de Tua presença.

Cerre as pálpebras e ignore a dança selvagem das cenas tentadoras. Mergulhe a mente no poço sem fundo do seu coração. Mantenha a mente no coração, borbulhante com seu sangue vital. Concentre-se no coração até sentir suas pulsações rítmicas. A cada pulsação, ouça o som da Vida onipotente. Visualize a mesma vida universal batendo à porta do coração de todos os seres humanos e de todas as criaturas vivas.

O coração pulsa o tempo todo, suavemente, anunciando o poder infinito que se oculta atrás das portas de sua percepção. As tênues batidas da Vida universal dizem a você em pleno silêncio: 'Não receba apenas algumas gotas da corrente de Minha vida, mas expanda a abertura dos poderes do sentimento e deixe que Meu fluxo invada teu sangue, corpo, mente, emoções e alma com Minhas pulsações da vida abundante.'"

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda, Como Ter Coragem, Serenidade e Confiança - Ed. Pensamento, São Paulo, 2012 - p. 113/115)
www.editorapensamento.com.br



terça-feira, 8 de setembro de 2015

A HARMONIA NASCE DO AMOR E DA SABEDORIA

"A harmonia nasce do amor e da sabedoria. Estes, por sua vez, são o produto de um coração puro e expansivo. Um coração puro resulta de pensamentos puros. A pureza mental decorre de um processo seletivo em que a mente faz a triagem dos pensamentos bons e maus, rejeitando os últimos e permanecendo sempre com os primeiros. Com a repetição e com o reforço dos pensamentos aplicados à ação, o discernimento passa a ser um hábito virtuoso. Quando cessa o conflito mental das divergências devido à eliminação dos pensamentos errados, surge na sua vida uma harmonia tanto externa quanto interna. Portanto, sempre que seus pensamentos se engalfinharem numa batalha já conhecida, use a sabedoria para mediar as diferenças e verá que os conflitos angustiantes não o perturbarão mais! É o testemunho e a experiência de todos os que praticam a yoga.

A mente é o incinerador da natureza, onde se pode reduzir a cinzas toda a escória mental que não vale a pena guardar: todo o lixo de pensamentos e desejos, de conceitos errôneos, rancores e discórdias nos relacionamentos. Não há um único relacionamento, por pior que seja, que você não possa consertar, desde que primeiro faça isto na mente. Não há um único problema na vida que você não possa resolver, desde que antes o resolva em seu mundo interior, o ponto de origem. Não se intimide pelas possíveis consequências, mesmo que sejam drásticas. Antes de agir, se você harmonizar a situação com a sabedoria do discernimento mental, o resultado cuidará de si mesmo. Uma mente harmonizada gera harmonia num mundo de aparente discórdia."

(Paramahansa Yogananda - Jornada para a Autorrealização - Self-Realization Fellowship - p. 102/103)


quarta-feira, 8 de julho de 2015

REFLEXÕES SOBRE O AMOR (1ª PARTE)

"O amor é a mansão dourada na qual o Rei da Eternidade abriga toda a família da criação. E, por ordem divina, o amor se torna um fogo místico capaz de derreter a densidade do cosmos, tornando-a a invisível substância do Amor Eterno. 

Como um rio, o amor flui continuamente nas almas humildes e sinceras, mas passa ao largo das empedernidas almas de pessoas egoístas, egocêntricas e presas aos sentidos, pois não consegue atravessá-las.

O amor é um manancial onipresente com incontáveis fontes. Quando uma de suas aberturas, em um coração, fica obstruída pelo entulho do mau comportamento, vemos que o amor brota em outro coração. Mas pensar que o amor morreu em qualquer coração é ignorar a sua onipresença. Jamais bloqueie, com ações erradas, o canal do amor em sua alma: assim, você beberá, com incontáveis lábios de sentimento espiritual, diretamente da divina fonte de amor que flui infinitamente em todos os corações abertos.

O amor pode até existir na presença da paixão; entretanto, quando a paixão é confundida com amor, este vai embora. A paixão e o amor, juntos, formam um coquetel agridoce que produz muita alegria mas que, depois, traz tristeza. Quando o amor puro é servido, o gosto pela paixão se funda na doçura do verdadeiro sentimento.

Gotas de amor brilham nas almas verdadeiras, mas o oceano do amor só é encontrado no Espírito. É loucura esperar perfeição no amor humano, a não ser que se busque aperfeiçoar esse amor sentindo dentro dele o amor de Deus. Primeiro, encontre o amor de Deus; depois, com o amor Dele, ame quem você quiser. (...)"

(Paramahansa Yogananda - O Romance com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 303)
http://www.omnisciencia.com.br/o-romance-com-deus/p


quinta-feira, 25 de junho de 2015

A PUREZA DE CORAÇÃO E MENTE NOS TORNA RECEPTIVOS

"Jesus disse: 'Senhor (...) Tu ocultaste estas coisas aos sábios e aos entendidos, e as revelaste aos pequeninos.'³ Estas palavras referem-se à pureza da natureza infantil: confiante, pura e amorosa - pois ainda não adquiriu os hábitos que resultam de lidar com o mundo. Diz-se que até os sete ou oito anos de idade a consciência da criança ainda não mergulhou totalmente no mundo. Por isso é comum ouvir as crianças dizer coisas maravilhosas e mencionar a vida além desta vida, pois elas acabam de chegar do mundo astral. A não ser que tenham sido muito materialistas em vidas anteriores, a mente e o coração das crianças ainda estão puros - até que o mundo as apanhe de novo. 

'Sábios e entendidos', por outro lado, nem sempre significa puros. Uma pessoa pode estar tão enamorada de seu próprio intelecto que se torna presunçosa; acha que sabe mais do que os outros. A esse tipo de pessoa Deus não Se revela. Ele responde aos que têm a natureza simples, amorosa e confiante, como a de um filho pela mãe - aberta e receptiva. Este relacionamento com Deus pode ser cultivado se mantivermos a consciência acima da influência dos desejos, emoções e apegos."

³ Mateus 11:25.

(Sri Daya Mata - Intuição: Orientação da Alma para as Decisões da Vida - Self-Realization Fellowship - p. 23/24
http://www.omnisciencia.com.br/intuicao/p


quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

EXCESSO DE SUSCETIBILIDADE

"A suscetibilidade se deve à falta de controle sobre o sistema nervoso. Às vezes, os nervos se rebelam contra um pensamento que atravessa a mente. Mesmo havendo razões para o descontrole, não devemos nos melindrar nem ficar irritados. Se, com todos os motivos para o descomedimento, você se refreia, então é dono de si mesmo. 

Não sejamos por demais irritadiços nem tenhamos piedade excessiva de nós mesmos, pois isso aumenta a suscetibilidade. Talvez você esteja agastado com alguma coisa e ninguém o saiba. É melhor olhar para dentro de si mesmo e remover a causa desses melindres.

Muitas pessoas sentem pena de si mesmas e acham que isso lhes traz algum alívio. Mas a autopiedade é um vício como o do ópio. Toda vez que o viciado em ópio toma a droga, mais se afunda na dependência. Seja forte como o aço contra a autopiedade.

Você deve ser capaz de controlar seus arroubos prontamente. Se o fogo da suscetibilidade devorar seu coração e você permitir que ele ali permaneça, as fibras de sua paz serão consumidas. Controle-o você mesmo, sabendo que o excesso de suscetibilidade nada mais é que um agente de Satã empenhado em destruir sua paz de espírito. Sempre que o ressentimento visitar seu coração, será como a estática no rádio de sua alma, pronta a desconectá-la da canção divina da serenidade, que deve soar em seu íntimo caso você não seja excessivamente suscetível. Quando a suscetibilidade se manifestar, tente vencer a emoção e não se queixe dos outros. Responsabilize-se por ela. É a única maneira de superá-la."

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda,  A Espiritualidade nos Relacionamentos - Ed. Pensamento, São Paulo, 2011 - p. 27/28)
www.editorapensamento.com.br


sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

PERDOAR

"Enquanto não nos firmamos na virtude do perdão, não alcançaremos pureza de coração que nos propicia a visão de Deus. A prática do perdão é, pois, de importância fundamental para o aspirante à espiritualidade. No Sermão da Montanha, como vimos, Cristo insiste repetidamente nesta prática. Ele ensina a clemência,  a reconciliação e o perdão das dívidas. Mas, além do Sermão, os Evangelhos registram muitos exemplos em que Cristo prega o perdão, tanto preceituando como dando ele próprio o exemplo. Quando Pedro lhe perguntou: 'Senhor, quantas vezes meu irmão pode pecar contra mim, e eu devo perdoá-lo? Até sete vezes?' Respondeu Cristo: 'Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete.'

Cristo jamais condenou os que prejudicaram os outros ou a ele próprio. Abençoou-os, dizendo: 'Vai e não peques mais', 'Teus pecados estão perdoados'. E na sua oração da cruz, pediu ele ao Pai que perdoasse a ingnorância dos homens, 'porque eles não sabem o que fazem'.

Todos os grandes mestres espirituais enfatizaram a importância do perdão na vida espiritual. Disse Buda: 'Se um homem tolamente me prejudicar, dar-lhe-ei em troca a proteção do meu amor incansável; quanto maior o mal que dele vier, maior o bem que sairá de mim... Limpa o teu coração da malícia e cuida de não odiar, nem mesmo teus inimigos; antes, abraça com bondade todos os seres.'

Concordam esses mestres que, se nos faltar o perdão, se guardarmos pensamentos de raiva ou ódio, causaremos mal a nós próprios bem como aos demais. Eles nos orientam a fim de que ergamos ondas de pensamentos - pensamentos de amor e compaixão - de tal modo que fiquemos em paz com o mundo e conosco mesmo.

Por que é difícil para a maioria de nós seguir o ensinamento do perdão? Porque quando alguém nutre inimizade por nós reagimos, sentindo-nos feridos. E o que fica mais ferido? O ego. O perdão talvez seja a maior de todas as virtudes, pois, se podemos perdoar realmente aos homens os seus abusos, colocamo-nos acima do ego, que nos impede a visão de Deus."

(Swami Prabhavananda - O Sermão da Montanha Segundo o Vedanta - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 105/106)


quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

EXPECTATIVAS

"Se você não for verdadeiro com a voz interior ou com a fonte divina do seu coração, você não será feliz. Quantas vezes dizemos ou fazemos alguma coisa que não é inteiramente verdadeira, apenas para sermos apreciados ou para nos sentirmos próximos de outra pessoa, e logo em seguida nos arrependemos? Muitos sacrificam seus sonhos individuais e seus desejos para atender às expectativas dos outros.

Eu quase fiz isto. O sonho da minha mãe era que um de seus filhos se tornasse freira ou padre. Decidi atender seu desejo e ser o padre que minha mãe sempre quis. Por quê? Porque eu pensava que com isto minha mãe sentiria orgulho de mim e me amaria ainda mais. entretanto, após um ano em um seminário, desisti, percebendo que não tinha a vocação espiritual necessária para o sacerdócio. Era o desejo da minha mãe, não o meu. Na época, eu não percebia que o amor da minha mãe estava sempre presente e sempre estaria, independentemente do rumo que eu tomasse.

Quando somos crianças, existe um padrão estabelecido: os filhos devem esforçar-se para conquistar o amor dos pais, e os pais moldam os filhos para fazer deles o que esperam que sejam. Para quem foi criado em famílias muito exigentes ou muito fechadas, o esforço para agradar pode ser interminável. À medida que as crianças crescem, os desejos dos pais permanecem em seu subconsciente e tornam-se parte de sua programação. Na idade adulta, sua autoestima pode depender da aceitação dos outros, da mesma maneira como procuravam agradar os pais para conseguir seu amor. O que acontece é que estes adultos nunca chegam realmente a viver para si mesmos. (...)"

(James Van Praagh - Em Busca da Espiritualidade - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2008 - p. 51)

domingo, 16 de novembro de 2014

PROMOVENDO O AMOR E A COMPREENSÃO NOS RELACIONAMENTOS (PARTE FINAL)

"(...) Use o seu coração nos relacionamentos, não a sua cabeça. Se tiver dúvida, escolha o coração. Isto não significa que deva negar o que aprendeu com a experiência. Confie, porém, na sua sabedoria intuitiva, para integrar experiência e intuição. Não confunda sua intuição com o seu desejo. O importante é conseguir um equilíbrio entre cabeça e coração. Quando a intuição se manifesta com clareza e verdade, os impulsos amorosos são favorecidos.Quanto mais você se dedicar a ouvir essa serena voz interior, mais nítida e precisa ela se tornará.

Confie. Você pode confiar no amor. Decisões individuais talvez pareçam prejudiciais, mas não o amor. Quando o amor está presente, ele transparece em todos os nossos atos. Seu filho pode não entender a intenção amorosa com que lhe é injetado um antibiótico, mas você sabe que não poupará esforços para protegê-lo da doença. Às vezes somos obrigados a romper com a pessoa amada porque a relação se tornou destrutiva para os dois. É necessário olhar o contexto mais amplo antes de julgar as decisões ou atos isolados.

Pratique esses princípios tão simples que trarão satisfação e felicidade para o seu relacionamento. Compartilhe os pequenos prazeres da vida.

Temos a tendência de achar que as atitudes românticas devem ser grandiosas e expressas por meio de joias, flores e programas especiais. No entanto, aprendi que algumas vezes as pequenas coisas podem ser as mais significativas."

(Brian Weiss - A Divina Sabedoria dos Mestres - Ed. Sextante, Rio de Janeiro - 1999 - p. 65)

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

A VERDADE A SERVIÇO DA VIDA (PARTE FINAL)

"(...) A verdade está no altar; na mente que vasculha os segredos da natureza para saudar e manter a vida; naquele que ensina por respeito à grandeza do outro; na lei que organiza e sustenta o movimento dos astros.

A verdade está guardada no templo do coração humano; invocada ou não, está sempre presente. Nada consegue macular sua real natureza, nem mesmo a ignorância daqueles que abrigam esse sagrado tesouro.

A verdade está a serviço da vida, a religião está a serviço da verdade. A religião carrega, em seu cerne, os argumentos para sustentar a esperança e a fé na vida; a verdade é a esperança. A religião oferece a chave para o paraíso; a verdade é o paraíso.

Quando o homem ousar penetrar na caverna do coração, encontrará a verdade como uma luz bendita que ilumina todos os cantos obscuros da existência; como um calor suave que aquece o frio da existência, ou como uma brisa fresca que refresca a sufocante angústia da solidão de ser. Então, não serão mais necessárias as religiões, os ritos e as orações, pois o homem terá visto Deus face a face, e descobrirá que diante de si existe apenas um espelho."

(Miriam Morata Novaes - A Verdade a serviço da Vida - Revista Sophia, Ano 2, nº 6 - p. 17)

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

ESPALHAR A ALEGRIA DIVINA

"Todo dia, desde o alvorecer, irradiarei alegria a todos os que encontrar. Serei como um sol mental para todos os que cruzem meu caminho.

Acenderei velas de sorrisos nos corações tristes. As trevas fugirão diante da luz perene de minha alegria.

Que o meu amor espalhe seu riso em todos os corações, em todas as pessoas de todas as raças. Que o meu amor descanse no coração das flores, dos animais e nas partículas ínfimas de poeira cósmica.

Tentarei ser feliz em todas as circunstâncias. Tomarei a decisão de ser interiormente feliz agora, onde hoje me encontro.

Que minha alma sorria através de meu coração, e que meu coração sorria através de meus olhos, para que eu possa espalhar Teus preciosos sorrisos entre os corações tristes.

Contemplarei sempre, em minha vida, a imagem perfeita e saudável de Deus, plena de sabedoria e bem-aventurança."

(Paramahansa Yogananda - Meditações Metafísicas - Self-Realization Fellowship - p. 96/97)
http://www.omnisciencia.com.br/meditacoes-metafisicas.html


sexta-feira, 15 de agosto de 2014

CAMINHO DO MEIO (PARTE FINAL)

"(...) Vossos corpos são energia. Energia em vários graus, que vão do sutil ao denso. As energias sutis são captadas por vós constantemente, pois elas estão à vossa volta. Elas podem vir do Cosmo, do Sol, da Lua, das estrelas... Sem elas, não poderíeis sobreviver pois elas alimentam vossos corpos sutis. Assim como necessitais, ainda da alimentação sólida que gera energia densa para manter vosso corpo físico, da mesma forma vossos corpos sutis se alimentam das energias sutis. Trata-se, ainda, de um processo completamente mecânico e inconsciente para a grande maioria da humanidade. Os vossos chacras principais são sete. Com o despertar dos novos chacras, que estão sendo desenvolvidos há algum tempo na humanidade, eles passarão de dez. Além dos principais, existem os chacras complementares e os complementares dos complementares..., e assim por diante. Trata-se de milhares de centros energéticos espalhados por todo o vosso corpo físico-etérico que vão, desde a sola dos pés até o alto da cabeça. Estais em contato permanete com as energias da terra, do ar, da água, do cosmos, do Sol, da Lua e das estrelas. Querendo ou não, percebendo ou não, absorveis essas energiais que atuam em áreas e setores específicos de vosso corpo. Muitas transformações estão ocorrendo na parte energética da humanidade e alguns, os mais sensíveis, sentem certo 'mal-estar' quando estas partes são estimuladas. O mal-estar passa quando esses centros energéticos encontram o equilíbrio e a harmonia. Muitas pessoas sentem dores de cabeça, problemas gastro-intestinais, dores na nuca e nas costas. Muitas vezes, este é um problema energético que os médicos não conseguem diagnosticar. Para que esses centros entrem em harmonia, é preciso que o corpo físico se sutilize entrando em sintonia com esses centros energéticos. Muitos seres humanos vêm mudando os hábitos alimentares e de vida, o que facilita a adaptação. Deveis seguir sempre a vossa intuição. Ela é a voz do coração, da Alma. Aprendendo a seguir vossos impulsos internos estareis vos ajudando muito.

O melhor Mestre para ti é ti mesma. Ouve e procura perceber mais a voz do coração. Isso é mais fácil do que parece, mas tens a tendência para complicar tudo... A solução está tão perto de ti... Na realidade, está dentro de ti, e teimas em não querer ver, em não querer ouvir..." 

( M. Stella Lecocq - Mensagens dos Mestres de Coração a Coração - Ed. Roka, São Paulo, 2000 - p. 128/131)
www.editoraroca.com.br