OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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quinta-feira, 12 de junho de 2014

A RESPOSTA DIVINA

"Sei que a resposta ao meu problema está no Deus interior. Ponho-me quieto, sereno e relaxado. Estou em paz. Sei que Deus fala em paz e não em confusão. Estou agora sintonizado com o Infinito; sei e creio que a Inteligência infinita está me revelando a resposta perfeita. Penso a respeito da solução para os meus problemas. Vivo agora no ânimo que teria se meu problema estivesse resolvido. Vivo sinceramente nessa fé e confiança permanentes que são o ânimo da solução; é o espírito de Deus operando dentro de mim. Esse Espírito é Onipotente; manifesta-se por si mesmo; todo o meu ser se regozija na solução; estou contente. Vivo nesse sentimento e dou graças.

Sei que Deus possui a resposta. Todas as coisas são possíveis com Deus. Deus é o Espírito Vivo Todo-Poderoso dentro de mim; é a fonte de toda a sabedoria e iluminação.

A indicação da Presença de Deus em mim é um senso de paz e equilíbrio. Suspendo agora todo o senso de tensão e luta; confio absolutamente em Deus. Sei que estão em mim toda a sabedoria e Poder de que preciso para levar uma vida gloriosa e bem-sucedida. Relaxo o corpo inteiro; tenho fé em sua Sabedoria; estou livre. Proclamo e sinto a paz de Deus inundando a minha mente, coração e todo ser.  Sei que a mente serena encontra a solução para seus problemas. Apresento agora o pedido à Presença de Deus, sabendo que tem uma resposta a me oferecer. Estou em paz."

(Joseph Murphy - Conversando com Deus – Ed. Record, 2ª edição - p. 74/75)


quarta-feira, 11 de junho de 2014

A LEI DO EQUILÍBRIO

"Ao considerar a vida humana, temos de levar em conta três forças principais, todas interagindo e limitando-se entre si: a constante pressão da evolução, a lei de causa e de efeito, que chamamos de karma, e o livre-arbítrio. Até onde podemos ver, a ação da força evolutiva não leva em consideração o prazer e a dor humana, mas apenas seu progresso, ou melhor, as oportunidades de progresso dadas ao homem. Pode-se dizer que ela é absolutamente indiferente à felicidade ou infelicidade humana e que nos leva às vezes para uma, às vezes para outra, de acordo com o que pode oferecer-nos a melhor oportunidade possível de desenvolver a virtude necessária naquele momento. O karma é resultado da ação do livre-arbítrio no passado. O homem acumula energias que proporcionam oportunidades para a vida evolutiva ou limitam a sua ação. O uso atual desse livre-arbítrio é o terceiro fator.

Segundo a doutrina do karma, o progresso e o bem-estar resultam da ação correta, mas não deve haver dúvidas quanto ao que significam, exatamente, as palavras ‘progresso’ e ‘bem-estar’. No que nos diz respeito, o objetivo de todo o esquema é a evolução da humanidade, e, em consequência, aquele que se dedica a auxiliar a evolução dos outros, bem como a sua própria, está fazendo o melhor que se pode fazer. O homem que age dessa forma, aproveitando o máximo suas capacidades e oportunidades em uma vida, por certo receberá na próxima poderes maiores e oportunidades mais amplas, provavelmente acompanhada por riquezas e poderes mundanos, porque a simples posse de bens normalmente provê a oportunidade necessária. Mas riqueza e poder mundanos não são necessariamente parte do karma. O importante é lembrarmos que o resultado de nossa capacidade de ser úteis é sempre a oportunidade de ajudar cada vez mais, e não devemos considerar as circunstâncias que acompanham ocasionalmente aquela oportunidade como recompensa pelo trabalho feito na última encarnação.

Instintivamente evitamos usar palavras como recompensa e punição, porque parecem implicar a existência, em algum lugar nos bastidores, de um ser responsável que distribui as duas coisas conforme sua vontade. Teremos uma ideia mais correta da ação do karma se o imaginarmos como a recuperação necessária do equilíbrio perturbado por nossa ação, e uma exemplificação da lei segundo a qual a ação e reação são sempre iguais. Nossa compreensão será mais fácil se tentarmos ter uma visão mais ampla do karma, considerando-o do ponto de vista daqueles que administram sua lei do que do nosso."

(C. W. Leadbeater - A Vida Interna - Ed. Teosófica, Brasília, 1996 - p. 317/318)


domingo, 11 de maio de 2014

EQUILÍBRIO INTERIOR

"Ao trilhar o caminho espiritual precisamos de equilíbrio. Pode-se dizer até mesmo que precisamos de equilíbrio perfeito. Somente o equilíbrio interior dá perspectiva às coisas e permite agir de maneira correta. O Bhagavad Gita afirma que equilíbrio é ioga. Sem equilíbrio a percepção não é clara, portanto, muitas coisas dão errado. Os Upanishades falam da senda do fio da navalha; a Bíblia menciona o caminho reto e estreito. Tudo isso sugere a mesma ideia.

Mesmo na prática da virtude deve haver equilíbrio. Levada ao excesso, a virtude deixa de ser virtude. Imagine uma pessoa tão generosa que dá tudo o que possui, ficando sem ter com o que sobreviver. Ela se tornará um fardo para os outros. A generosidade tem que ser combinada com bom senso.

O equilíbrio está em não pender para um lado ou para o outro. Como diz o Bhagavad Gita, o sábio de mente estável não é sacudido nem abalado; não é atraído nem repelido por coisa alguma. Ele está sempre voltado profundamente para dentro de si; é pacífico e imperturbável.

Nos Yoga Sutras contam que o apego (raga) e a repulsa (dvesha) são as causas primárias da miséria. O problema está dentro do indivíduo, não fora. A vida espiritual começa quando cessa a atração por objetos e prazeres. (...)

A consciência do homem comum está focada na noção de dualidade: o que é agradável e o que não o é. Isso nos deixa confusos e abalados. Mas a consciência equilibrada permanece em um nível profundo, onde tudo é conhecido como parte do todo. Esse é o nível da verdade, onde não há nem o real nem o irreal, nem o bem nem o mal. O que é verdadeiro é bom. A totalidade está além de todas as divisões."

(Radha Burnier - Equilíbrio Interior - Revista Sophia, ano 5, nº 19 – Pub. da Ed. Teosófica, Brasília -  p. 27)

sábado, 10 de maio de 2014

CONHECENDO O VEGETARIANISMO (2ª PARTE)

"(...) É bem recente a ideia do vegetarianismo como um movimento ético em defesa dos animais, que surge como forma de estabelecer um novo paradigma frente à necessidade urgente de proteger o ecossistema e de tornar a vida sustentável no planeta. Nos dias atuais o vegetarianismo não é apenas uma opção diferente de vida, mas acima de tudo, uma atitude a ser tomada para reduzir a forte pegada ecológica movida pelo comércio de carne.

O consumo de carne (bovina, suína, aves, peixes, etc.) contribui em grande parte para o desequilíbrio ecológico, pois a produção de carne em grande escala tornou-se um fator consideravelmente poluidor, já que as fezes animais são 130 vezes maiores que os excrementos humanos, e o gás metano liberado das fezes animais e de suas flatulências é responsável em grande parte pelo efeito estufa. Atualmente milhares de criaturas do reino animal, especialmente as aves, os suínos, bovinos e caprinos são abatidos diariamente para a utilização da carne e derivados. Estes animais para abate são criados e mantidos em extremas condições abomináveis, vivendo em habitat totalmente antinatural, em gaiolas ou confinados em pequenos espaços, não tendo o direito natural de exercer os seus instintos. São engordados quimicamente em condições constante de estresse. Quando chega o momento do abate, suas vidas são brutal e cruelmente ceifadas, espalhando pelo ar um profundo sofrimento e muita adrenalina, e cheiro de morte e violência.

Os dados atuais são preocupantes e impossíveis de serem sustentados, pois o consumo de carnes produz um impacto devastador no meio ambiente e hoje sabemos que ‘30% de todo o território do planeta é destinado para pasto animal e 70% das plantações de grãos são destinados para a ração animal. A pecuária é responsável por 37% do metano liberado na atmosfera. O metano é 23 vezes pior do que o CO2 em termos de aquecimento global. (...) com a água gasta para um quilo de bife, poderia se produzir 122 quilos de batatas. Usam-se 20 quilos de grãos para cada quilo de bife. A criação de gado é responsável pelo desmatamento de 93% da Mata Atlântica, 80% da caatinga, 505 do cerrado e 18% da Amazônia. (...) Os bois pastam onde havia floresta.’¹

A partir destas informações não temos como sustentar uma alimentação cárnea, sendo que no passado o vegetarianismo era exaltado como uma premissa espiritual e filosófica, porém hoje o vegetarianismo é uma necessidade emergente de equilíbrio do planeta,  pelo animais, pela saúde e por uma vida livre de sofrimento. (...)"

¹ Reportagem do Jornal do Bem Estar em outubro de 2007, com o biólogo Sergio Greif – ‘Uma outra verdade inconveniente’.

(Maria Laura Garcia Packer - Viver Vegetariano - Nova Letra Gráfica & Editora, Blumenaus/SC, 2010 - p. 14)


domingo, 13 de abril de 2014

RESGUARDE SUA MENTE (1ª PARTE)

"O espaço está constantemente saturado de vibrações invisíveis. As ondas de rádio são um exemplo. De milhares de estações de todos os países partem vibrações, as quais, captadas por um aparelho receptor, se transformam em som. Chama-se de sintonia o ato de pôr o receptor em consonância vibratória com a emissora. Nossa mente, tal como o radio receptor, quando sintoniza com ondas de pensamento que cortam os espaços, ondas emitidas por outras mentes, recebe os pensamentos das pessoas.

A transmissão do pensamento pode ser pelos meios mais densos e concretos como também pelos meios mais sutis e quintessenciados. A palavra é um meio de comunicação mais conhecido. Pela palavra, influimos na mente dos outros e, reciprocamente, somos influenciados.

Em época alguma a mente humana foi bombardeada por tantas, tão veementes, tão variadas e contraditórias sugestões como agora. Isso é (mesmo!) uma agressão ao equilíbrio mental de cada indivíduo. Propaganda, cinema e televisões, livros e discursos, aulas e jornais constituem exércitos a invadir-nos a mente, a cada instante, onde nos encontramos. Todo escritor, autor, publicitário, professor e ator têm ansiedade profissional por tomar de assalto as mentes e injetar lá dentro novas ideias, necessidades, motivações, inclinações e ideais seus ou de seu interesse. Todos os líderes se empenham em dominar nosso mundo mental. As ideologias, a indústria, o comércio, a arte crescem, à medida que nos dirijam, nos envolvam, nos condicioname, nos comprometam, nos convençam e nos prendam em suas malhas aliciadoras. (...)

As pessoas, por invigilantes e por não saberem se resguardar de tais influências, vivem como barcos desgovernados, e muitos perdem equilíbrio e saúde mental em meio à agitação 'normal' neste mundo mental. Os milhões de mensagens e vibrações criam impressões e tendências de ser e de agir (samskaras e vásanas) que lhes dirigem o destino. E tudo isso vem como bombardeamento etéreo, impalpável, sutil, por isso mesmo incomparávelmente mais penetrante do que as sugestões do mundo material.

Assim como, quem tem bom gosto e maturidade mental evita sintonizar o rádio para certas estações vulgares e de mau gosto, dando preferência à programação refinada, educativa e bonita, e se não as encontra, desliga o aparelho. O yogui também sabe defender-se das mensagens verbais, visuais ou telepáticas nocivas que lhe queiram invadir o templo da mente, devotada sempre a Deus. (...)"

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 173/174)


sábado, 29 de março de 2014

O RUGIR DA TEMPESTADE (1ª PARTE)

"Um dos mais desconcertantes problemas da vida espiritual é o de mantermos nosso interesse em meio às intermináveis dificuldades e aos mais cruéis desafios. É a rotina e monotonia de nossa vida diária que solapa nossa vitalidade e força. A vida da maior parte da humanidade é feita de pequenos fatos e incidentes que podemos chamar de trivialidades da existência. Grandes e extraordinários acontecimentos raramente ocorrem nas vidas de homens e mulheres comuns. Demonstrar entusiasmo por coisas extraordinárias é fácil, porém é extremamente difícil mantê-lo em meio à rotina diária. O maior dos desafios do ser humano consiste na manutenção da integridade espiritual em meio dos detalhes triviais da vida. Manter equilíbrio perfeito de pensamento e emoção entre as provações incessantes causadas pelos fatos e acontecimentos da existência diária, demanda uma energia que a maioria não está em condições de apresentar. E, além disso, a prova da vida espiritual está no âmbito das atividades comuns e não na esfera de empreendimentos extraordinários. 

Foi Emerson quem disse que jamais algo de grandioso fora conseguido sem o entusiasmo. Se ele tinha razão, então o entusiasmo é uma das qualidades essenciais requeridas na senda espiritual. Sem entusiasmo, esta parecerá enfadonha. Isso tem sido bem evidenciado nas vidas de inemeráveis aspirantes, que retornaram à existência mundana devido à sua inabilidade em manter o entusiasmo na vida espiritual.

Entretanto, o entusiasmo não deve ser confundido com o desempenho eficiente de nossas obrigações. A chamada eficiência do mundo é devida, geralmente, ao cultivo de certos hábitos. Uma vida eficiente não é necessariamente uma vida criadora - muitas vezes é uma vida automática. A máquina é eficiente - porém não é entusiasta. Ela executa sua função sem falhas, porém não podemos associar o elemento alegria ao que a máquina executa. Uma vida de entusiasmo, entretanto, tem em si a parte criadora. Suas ações não são esteriotipadas, porém portadoras de uma individualidade própria. (...)"

(Rohit Mehta - Procura o Caminho - Ed. Teosófica, Brasília - p. 09/10)


domingo, 19 de janeiro de 2014

NERVOSISMO

"Aquele que é naturalmente calmo não perde seu sentido de raciocínio, de justiça ou de humor, sejam quais forem as circunstâncias. (...) Ele não envenena os tecidos de seu corpo com ira ou temor, que afetam a circulação de maneira adversas. É fato comprovado que o leite da mãe enraivecida pode ter efeitos perniciosos em seu filho. Que prova mais contundente poderíamos querer de que emoções violentas acabam por reduzir o corpo a uma ruína ignominiosa?

Demorar-se, com indulgência, em pensamentos de medo, raiva, melancolia, remorso, inveja, tristeza, ódio, descontentamento e preocupação, o tempo todo, e a falta de condições para uma vida normal e feliz - tais como alimentação correta, exercícios adequados, ar puro, sol, trabalho agradável e uma profissão na vida - originam moléstias nervosas.

Se ligarmos uma lâmpada de 120 volts numa linha de 2.000 volts, ela se queimará imediatamente. Analogamente, o sistema nervoso não foi feito para suportar a força destrutiva da emoção intensa ou de persistentes pensamentos e sentimentos negativos. O nervosismo pode, no entanto ser curado. O paciente precisa estar disposto a analisar sua moléstia e eliminar as emoções desintegradoras e os pensamentos negativos que, pouco a pouco, o estão destruindo. A análise objetiva dos problemas da própria pessoa e a manutenção da calma em todas as situações da vida curarão o caso mais crônico de nervosismo. (...) A vítima do nervosismo precisa compreender seu próprio caso e refletir sobre o erro consistente do seu modo de pensar, que é responsável pelo seu desajustamento à vida.

Em vez de se afobar, num estado de excitação emocional, para chegar a algum lugar e depois ser incapaz de apreciá-lo quando chega, porque está agitado, procure ser mais tranquilo. (...) Tão logo sua mente se torne inquieta, dê-lhe um safanão com sua vontade e ordene-lhe que se acalme.

A excitação perturba o equilíbrio nervoso, enviando energia excessiva a algumas partes do corpo em detrimento de outras, que não recebem sua quota normal. na distribuição adequada da força nervosa é a causa única do nervosismo. Um corpo relaxado e calmo é um convite à paz mental."

(Paramahansa Yogananda - Onde Existe Luz - Self-Realization Fellowship - p. 83/85)
http://www.omnisciencia.com.br/onde-existe-luz.html


quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

A LEI DA HARMONIA UNIVERSAL (3ª PARTE)

"(...) A verdadeira percepção espiritual é a percepção da vida como um estado de harmonia absoluta. A palavra yoga tem sido traduzida de muitas maneiras, mas talvez a melhor tradução seja a de Annie Besant: harmonia. Todas as práticas associadas à ioga têm por objetivo culminar na harmonia universal. Os instrutores que inspiraram a fundação da Sociedade Teosófica declararam ‘Reconhecemos apenas uma lei no universo, a lei da harmonia, do perfeito equilíbrio’.

Toda a natureza é harmonia. Não existem cores em desarmonia na natureza; somente as cores produzidas artificialmente podem ser desarmônicas. Um outro instrutor espiritual afirmou: ‘Com o farfalhar das folhas e o tamborilar da chuva, com o estrondo do trovão e o rugir da arrebentação, a natureza tece uma harmonia maravilhosa para acompanhar a canção da vida.’ A nossos olhos pode parecer haver discordância e conflito na natureza, mas aqueles que a estudaram de perto durante anos sabem que, na verdade, existe beleza e amor embutidos em tudo. É no mundo humano que o mal existe. Nenhuma criatura não-humana pratica a crueldade deliberadamente, nem a ganância. O desperdício não é encontrado fora da sociedade humana. Toda ação é inocente de egoísmo até que o estágio humano de evolução é atingido. (...)"

(Radha Burnier - A lei da harmonia universal - Revista Sophia, Ano 7, nº 28 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 12)


segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

RESISTA AOS APELOS DOS SENTIDOS

"84 - Se o desejo pela liberação existe em ti, os objetos sensoriais têm de ser mantidos à grande distância, como se fossem veneno. Deves constante e fervorosamente buscar a alegria como se fosse ambrosia, bem como a bondade, o perdão, a sinceridade, a tranquilidade e o autocontrole.

COMENTÁRIO - Exercita constantemente a tua vontade, deixando de lado aquilo que desejas. O desprendimento aumenta à medida que começamos a ver mais nitidamente os perigos do apego aos objetos dos sentidos. Ao mesmo tempo procura estimular a alegria, sorrindo para os teus interlocutores ou apresentando uma face tranquila para o mundo; cultiva a alegria, a bondade, o perdão, a sinceridade, a tranquilidade e o autocontrole. Aos poucos as sementes florescerão e transformarão a tua vida e os que estão à tua volta. Transformamo-nos em um centro de paz e equilíbrio no meio da convulsão que caracteriza a nossa época. Veremos então que tudo se torna diferente."

(Viveka-Chudamani - A Joia Suprema da Sabedoria - Comentário de Murillo N. de Azevedo - Ed. Teosófica, 2011 - p. 43)

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

BUSCA PELO SUPREMO

"Os Upanishads afirmam que a realização do Atman produz uma mudança em nossa vida, e que não é possível comparar essa nova vida à nossa vida atual. A glória, a felicidade e a paz não são palavras vazias e sem sentido; expressam o estado de uma pessoa que alcançou a experiência espiritual. (...)

Um homem sem equilíbrio, cheio de orgulho e apegado ao mundo, não pode alcançar a realização. É necessário um espírito humilde para aceitar os conselhos do mestre e querer purificar a mente. Muito raramente temos consciência de nossos próprios defeitos. É preciso encontrá-los e corrigi-los. A purificação da mente produz uma modificação importante, que transforma o nosso modo de pensar.

Seguir os conselhos de um guru e as disciplinas da yoga torna tudo isso possível. A partir desse momento, a busca pelo Senhor Supremo é realizado com todo amor. Ao praticar o autocontrole e a meditação descobrimos nosso verdadeiro ‘eu’. Um dia alcançaremos a Realidade Suprema e saberemos que o Ser Supremo, e apenas Ele, dirige o mundo em sua totalidade."

(Swami Ritajananda - A Prática da Meditação - Ed. Lótus do Saber, São Paulo,2006 - p. XXVII)
www.lotusdosaber.com


domingo, 10 de novembro de 2013

O EQUILÍBRIO NO CAMINHO ESPIRITUAL (PARTE FINAL)

"(...) Para entender o que significa o esforço correto no caminho espiritual é interessante ouvir o que Patañjali fala sobre a postura na meditação, ensinando o que vale também para a vida. Na segunda seção dos Yoga-Sutras temos: ‘46. A postura deve ser firme e relaxada. 47. Deve ser conquistada por meio de um estado de passividade alerta. 48. É aquele estado onde não há atração de opostos.’

Nos livros que comentam os sutras, essa atitude é ilustrada com a imagem da serpente Ananta, da mitologia hindu. Ananta é uma serpente gigante que vive nos espaço e sustenta a Terra em sua cabeça, mantendo-a em sua órbita. Naturalmente a Terra é muito pesada, mas a serpente consegue manter o equilíbrio perfeito, graças à sua postura de perfeita firmeza e relaxamento.

Da mesma forma, as pessoas que carregam grandes vasos na cabeça os mantêm equilibrados, num estado de alerta, firmeza e relaxamento. Se houver tensão e agitação, se a pessoa sentir essa ação como uma tortura, o vaso cai. Patañjali deixa claro que a postura no caminho espiritual deve ser essa. A prática espiritual cheia de tensão e ansiedade está fadada ao fracasso, pois o estresse é incompatível com a espiritualidade.

Porém devemos saber que o relaxamento sem firmeza também derruba o vaso. Isso acontece quando cedemos à preguiça e ao comodismo. O equilíbrio é o fio da navalha, que exige vigilância constante; as forças mecânicas da natureza humana fazem com que estejamos oscilando entre estados opostos de agitação e torpor. O equilíbrio se conquista com a plena atenção."

(Cristiane Szynwelski - O Caminho do Equilíbrio Perfeito - Revista Sophia, Ano 3, nº 10 - p. 30/32)


sábado, 9 de novembro de 2013

O EQUILÍBRIO NO CAMINHO ESPIRITUAL (2ª PARTE)

"(...) Se praticarmos um ensinamento à luz da nossa ansiedade particular, toda a prática será errada. Portanto, quando lemos o que um sábio escreve sobre disciplina, devemos primeiro tentar entender o que ele quer dizer com ‘disciplina’, antes de interpretar essa palavra como mais um martírio em nossa vida.

A batalha de Kurukshetra, descrita no Baghavad Gita como uma luta entre o bem e o mal, das forças espirituais contra as forças materiais, não é uma luta sangrenta entre os opostos agitação-torpor, mas sim a luta do equilíbrio contra a tensão entre os opostos. Aquilo que conhecemos como ‘a batalha da vida’ é a luta entre os opostos. (...)

Essa tensão entre os opostos se manifesta em várias áreas de nossa vida, gerando cansaço, estresse e sofrimento. É muito importante lembrar que a busca por uma vida melhor não funciona com esse tipo de ‘esforço’. Nós nos sentimos superiores aos cristãos medievais que se chicoteavam como penitência para serem mais santos. Mas há entre nós pessoas que se sentem como mártires por trabalhar demais, até o ponto de desenvolverem úlceras. (...)"

(Cristiane Szynwelski - O Caminho do Equilíbrio Perfeito - Revista Sophia, Ano 3, nº 10 - p. 30/32)


sexta-feira, 8 de novembro de 2013

O EQUILÍBRIO NO CAMINHO ESPIRITUAL (1ª PARTE)

“Quando chegamos ao ponto de estarmos cansados da vida, com todos os seus problemas, sofrimentos, frustrações e desilusões que parecem não ter fim, começamos a procurar uma saída; aí entram as religiões, filosofias de vida e caminhos espirituais. Então para nossa surpresa, descobrimos que a felicidade tem um preço e que temos que pagar com nosso próprio esforço a saída dessa condição infernal dos estados psicológicos caóticos, o que demanda uma série interminável de meditações, observações, mantras, disciplinas, reflexões, uma verdadeira ginástica.

É claro que isso não tem lógica; portanto, só há duas alternativas: ou as disciplinas espirituais estão erradas ou nós as estamos entendendo de forma equivocada. Tendo em vista que muitas pessoas atingiram a felicidade através de práticas espirituais, a segunda alternativa pode ser a correta, ou seja, nós não compreendemos a natureza do esforço necessário na jornada de autorrealização.

Temos a tendência de entender as coisas de acordo com os nossos condicionamentos. Cada pessoa reage à sua maneira à mera pronúncia de uma determinada palavra. Por exemplo, ao ouvir a palavra ‘esforço’, algumas pessoas podem sentir vontade de sentar no sofá; outras imediatamente tensionam os músculos, como se estivessem indo para a guerra; outras podem sentir uma espécie de culpa. As possibilidades de reação são tão amplas quanto o número de habitantes na Terra.

Quando ouvimos um ensinamento, a primeira coisa que deveríamos fazer é tentar compreender o que ele significa, independentemente das reações psicológicas que ele desperta – isto é, ouvir objetivamente. (...)”

(Cristiane Szynwelski - O Caminho do Equilíbrio Perfeito - Revista Sophia, Ano 3, nº 10, p. 30/32)


quarta-feira, 2 de outubro de 2013

DESAFIOS

"O que são para nós problemas e dificuldades? Não são tão bem-vindos como os prazeres e facilidades? Pois não são eles nossos melhores treinadores e educadores, e nos enchem de lições salutares? Não nos obrigam a nos movermos mais tranquilamente através de todas as mudanças e vicissitudes da sorte? E não seria um grande descrédito para nós se falhássemos em preservar a tranquilidade mental e equilíbrio de ânimo, coisa que devia ser sempre a marca da disposição do discípulo? Seguramente ele deveria permanecer sereno em meio a todas as tormentas e tempestades. Este é um mundo louco, enfim, se a pessoa olha só para sua mera exterioridade, e mesmo assim, quão enganador é em sua loucura! É a própria insanidade da loucura quando o doente é ignorante de sua condição - antes, quando acredita-se perfeitamente saudável. Oh, se a harmonia e música que reinam na Alma das coisas não nos fossem perceptíveis, a nós, cujos olhos foram abertos para esta completa sandice que penetra a casca externa, quão intolerável a vida nos seria! Você não acha que seria pouco agradecido mantermo-nos descontentes quando obedecemos aos desejos de nossos Senhores e cumprimos nosso dever? Você deveria ter não apenas paz e contentamento, mas também alegria e vivacidade, quando serve Aqueles cujo serviço é nosso mais alto privilégio e cuja memória é nossa mais verdadeira delícia." 

(Annie Besant - A Doutrina do Coração - Ed. Teosófica, Brasília - p. 10)


quinta-feira, 19 de setembro de 2013

COMO SE PERDE UMA PERSONALIDADE OU ENCARNAÇÃO

"O universo e todas as coisas nele, morais, mentais, físicas, psíquicas ou espirituais, são construídas com base numa lei perfeita de equilíbrio e harmonia. (...) O espírito (Buddhi) é a energia espiritual centrífuga, e a alma (Manas) a centrípeta; e para produzir um resultado elas têm de estar em perfeita união e harmonia. Interrompa ou danifique o movimento centrípeto da alma terrena que tende para o centro que a atrai; impeça o seu progresso entravando-a com um peso de matéria maior do que ela pode suportar, ou do que é adequado ao estado ‘devachânico’, e a harmonia do todo será destruída. A vida pessoal, ou talvez melhor, seu reflexo ideal, só pode continuar mantida pela força dupla, ou seja, pela união íntima entre Buddhi e Manas em cada renascimento. O mínimo desvio da harmonia a danifica; e quando é destruída além de qualquer recuperação, as duas forças se separam no momento da morte. (...) Se, durante a vida, o último e desesperado esforço do EU INTERNO (Manas) para unir alguma coisa da personalidade a si mesmo e ao raio resplandecente e superior do divino Buddhi é frustrado, se é permitido que esse raio seja cada vez mais impedido de penetrar na crosta sempre mais espessa do cérebro físico, então o Ego espiritual ou Manas, uma vez livre do corpo, permanece completamente separado dos remanescentes etéreos da personalidade; e esta, ou kama-rupa, seguindo suas tendências terrenas, é atraída para o Hades – que chamamos de kama-loka – e permanece nele. Essas são as ‘varas secas’, mencionadas por Jesus, quando tiradas da Videira. O aniquilamento, no entanto, nunca é instantâneo, e às vezes pode necessitar séculos para que se complete. Mas lá a personalidade permanece juntamente com os resíduos de outros Egos pessoais mais afortunados, e se torna, como eles, a casca e um elemental."

(H. P. Blavatsky - A Chave para a Teosofia - Ed. Teosófica, Brasília, 2004 - p. 167/168)


quarta-feira, 24 de julho de 2013

QUE DEVEMOS FAZER COM OS JOVENS PARA CORRIGIR SEU CARÁTER E COMPORTAMENTO?

"Uma criança, com certeza, tocará uma lâmpada quente até queimar. Os jovens não têm equilíbrio. Eles também querem resultados imediatos. Por exemplo: ontem tivemos um casamento aqui. O jovem queria um filho imediatamente; não queria esperar nove meses. O guru (assim denominado) aparece e os jovens correm em bandos para perto dele, esperando uma rápida autorrealização. Mas, uma vez desapontados, vão-se embora e, no processo, ganham alguma prudência e paciência. 

Uma história curta: Um jovem, cujos pais eram muito pobres, se graduou, principalmente porque os professores estavam cansados de vê-lo reprovado nos exames. Seus pais ficaram orgulhosos e disseram: "Nós encontraremos uma esposa para você." O rapaz respondeu: "Eu aceitarei somente uma noiva que tenha curso universitário, pois eu tenho um diploma universitário." A mãe respondeu: "Nós não podemos pagar empregados para uma jovem que só sairá de seu quarto às 9 horas da manhã. Nós necessitamos de uma esposa que ajude nos trabalhos da casa." O filho replicou: "São as minhas necessidades que importam, não as suas. Façam como desejo, ou eu irei embora." Os pais capitularam e conseguiram a esposa desejada. O jovem contou aos amigos: "Eu agora sou a própria felicidade." Três dias depois, ele disse à esposa: "Querida, levante agora e faça um café para mim." Ela lhe respondeu: "Meu querido, eu sou uma bacharel como você. Por favor, levante e traga o café para mim!" Então, o jovem proclamou para todos que a vida se havia tornado negra e tudo era infelicidade e miséria total. Em apenas 3 dias, ele passou da total felicidade para a total miséria. 

Esse comportamento dos jovens é típico, porque eles não foram ensinados a respeitar e reverenciar seus pais. Seu comportamento na direção espiritual é similar. Como pode haver qualquer luz espiritual sem que o interior esteja limpo! E o trabalho interior é indagação silenciosa e discernimento. Depois que o interior estiver limpo, as disciplinas exteriores podem ter algum valor."

(J.S. Hislop - Conversações com Sathya Sai Baba - Fundação Bhagavan Sri Sathya Sai Baba do Brasil - p. 47)


segunda-feira, 17 de junho de 2013

TODO MUNDO É MEIO LOUCO

"O problema é que todos nós, como dizia Paramahansaji, somos meio loucos e não o sabemos; porque pessoas de excentricidades similares se juntam. Nenhum ser humano é realmente equilibrado até vir a conhecer Deus. As únicas pessoas "bem-ajustadas" neste mundo são as que alcançaram a Autorrealização - e isso é o que todos nós estamos nos esforçando para atingir. 

Muitas pessoas são mentalmente desequilibradas, porém muitas e muitas são emocionalmente desequilibradas - emocionalmente aleijadas, emocionalmente imaturas. Não podemos negar isso. Parece-me que essa doença emocional é o principal problema da humanidade hoje. Um sintoma disso está evidente na maneira como as pessoas culpam, constantemente, as condições externas ou outras pessoas por suas inúmeras dificuldades. "Ora, se ela não tivesse feito isso ou se ela não tivesse dito aquilo, eu não estaria sofrendo hoje." Tolice! A falácia de tal raciocínio é uma lição que o Mestre, muito categoricamente, insistia que aprendêssemos.

Não culpe os outros pelo que você é. Sua situação é exatamente o que você mesmo criou. A afirmação "Você é o mestre de seu próprio destino" é absolutamente verdadeira. Você é o arquiteto de seu próprio destino. A dificuldade é que, em nossa ignorância, não soubemos controlar nossas fraquezas humanas e, portanto, pusemos em movimento aquelas formas de comportamento que nos trouxeram os efeitos adversos que hoje experimentamos. Perceber essa verdade é sinal de amadurecimento da maneira de pensar. Favorece nosso crescimento emocional. Estou realçando isso porque a atitude correta em relação a nossos problemas é uma necessidade básica de todos. 

Todos nós temos de crescer, e crescer significa reconhecer nosso verdadeiro Eu e nos comportarmos como tal: "Não sou este indivíduo emocional!. Não sou esta pessoa assustada e lamurienta. Não sou este fraco inseguro. Sou parte de Deus." Guruji nos diz que, pela prática da meditação regular e seguindo as regras espirituais que ele descreveu, perceberemos quem realmente somos. Quando ficarmos plenamente conscientes de Deus, quando nossa consciência se unir com a consciência divina, só então saberemos." 

(Sria Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 36/37)


terça-feira, 7 de maio de 2013

HATHA YOGA - HATHA VIDYA (5ª PARTE)

" (...) A palavra Hatha é formada por ha, significando o sol e tha, a lua; ha é o pólo positivo e tha, o negativo. Vidya significa ciência, sabedoria. Hatha vidya é portanto a ciência das polaridades da bioenergia ou alento vital, aquela energia que mantém o corpo sadio e vivo. A energia solar ou positiva (ha) penetra-nos com a inspiração através da narina direita; e a lunar ou negativa (tha), pela esquerda.

O elemento de maior importância de Hatha Yoga evidentemente é o prana (a bioenergia ou alento vital), que absorvemos principalmente por via respiratória. A ciência médica de hoje ainda vê a respiração como um fenômeno exclusivamente bioquímico. É muito pouco. A respiração, além de sua já tão conhecida função fisiológica e bioquímica, segundo o Yoga clássico, é também um fenômeno energético e psíquico. É o que as velhas escrituras ensinam.

As duas correntes energéticas - ha e tha - se manifestam em nível fisiológico, respectivamente, nos impulsos nervosos ortossimpático (ha, estimulante) e vagossimpático (tha, frenador), no anabolismo-catabolismo, na acidez-alcalinidade, e na fisiologia em geral como "hiper" ou "hipo" funções (hipertensão-hipotensão, hipertonia-hipotonia, hipertermia-hipotermia...) etc. Quando predomina o equilíbrio (hatha), isto é, quando não ocorre predominância seja de ha, seja de tha nos diferentes aspectos fisiológicos, reina a saúde orgânica. Quando não, a doença. A saúde pode ser definida como eutimia, euforia, euritmia, eutonia, eutermia. A doença, por distimia, disforia, disritmia, distonia, distermia. A prática de Hatha Yoga se propõe a substituir "dis" por "eu". Quando ha ou tha predomina, acontece o "dis". O equilíbrio hatha restabelece o "eu".

Como pode voar bem um pássaro de asas assimétricas?! (...)"

(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 66/67)


segunda-feira, 22 de abril de 2013

LIBERTE-SE DAS AMARRAS QUE OBSTRUEM O CAMINHO PARA A ILUMINAÇÃO

"Buscar Brahma ( o Deus Criador), sem antes firmar uma vida reta e virtuosa, é como desejar uma chama sem ter lamparina, pavio e óleo. Adquira estes três, depois então acenda o pavio e obtenha a luz. O mesmo é verdade quanto à luz de Brahmajnana ou conhecer, saborear Brahman.

Há aqui um ponto que os sadhakas (praticantes da disciplina) devem cuidadosamente anotar. A lamparina, o pavio e o óleo devem ser proporcionais. Se o pavio for muito curto, se o óleo for muito escasso, se a lamparina for muito pequena ou demasiadamente grande para o óleo ou para o pavio, a chama não queimará brilhantemente e não iluminará. A luz clara e firme só se pode alcançar quando os três estiverem em proporção adequada. Os três gunas (modos ou atributos) devem estar em equilíbrio para que possam produzir o resultado máximo - o resultado da libertação. Os três gunas são vínculos. O homem está amarrado por eles como uma vaca cujas pernas dianteiras estão atadas, cujas pernas traseiras também e cujo pescoço e chifres igualmente estão amarrados. As cordas que a prendem são os gunas. Como pode um pobre animal mover-se livremente quando está atado assim? O sathwatamoguna é uma corda de ouro; o rajoguna, uma corda de cobre; e o tamoguna, uma de ferro. Todas três prendem efetivamente, a despeito da diferença de preço do material. Como amarras, todas são obstáculos à liberdade de movimento."

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 203)


sábado, 6 de abril de 2013

O PERFEITO EQUILÍBRIO É O ALTAR DE DEUS

"A humanidade é como um grande zoológico - tantas pessoas têm comportamentos tão diferentes, a maioria delas sem o menor controle de si próprias. Antes de realizar a verdadeira Meta da vida, é preciso que o homem tenha autocontrole. Deve procurar o equilíbrio. O perfeito equilíbrio é o altar de Deus. Lute por ele e, uma vez alcançado, jamais o perca. Cristo não o perdeu quando estava sendo pregado à cruz. Ele disse: "Pai, perdoa-os, porque não sabem o que fazem." A pessoa comum não consegue suportar seus testes.
 
Quando comecei no caminho espiritual, supus que só coisas boas me aconteceriam; mas ocorre que muitas experiências difíceis também vieram. Então raciocinei: "Porque amo a Deus tão profundamente, esperei demais Dele. De agora em diante, direi: 'Senhor, seja feita a Tua vontade.'" Grandes testes vieram. Mas continuei pensando: "Seja feita a Tua vontade." Eu quis aceitar tudo que Ele colocasse em meu caminho. E Ele sempre me mostrou como vencer todos os testes. (...)
 
Quando entra em uma loja de roupas, você procura encontrar o traje mais adequado, o que lhe fica melhor. Deve fazer o mesmo com sua alma. A alma não tem roupagem particular; ela pode adotar o estilo que quiser. O corpo é limitado, mas a alma pode vestir qualquer tipo de roupa mental, qualquer tipo de personalidade.
 
Se você refletir profundamente sobre uma pessoa, estudar sua história e imitar conscientemente sua personalidade, começará a adquirir suas características, estabelecendo identidade com essa personalidade. (...)
 
Quando você conhece uma pessoa maravilhosa, não fica querendo ser igual? Pense em todas as nobres qualidades no coração dos grandes homens e mulheres; você pode ter todas em seu próprio coração. Pode ser humilde e forte, ou corajoso como um general lutando por uma causa justa. Pode ter a vontade de conquistar de Gengis Khan ou a vontade divina, o amor e a resignação de São Francisco." 
 
(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 144/145)