OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sexta-feira, 14 de abril de 2017

RUMO À TRANSFORMAÇÃO (PARTE FINAL)

"(...) Podemos ver a transformação como crescimento ou aumento. Podemos também vê-la como decréscimo. 'Aquele poder que o discípulo cobiçar é o que irá fazê-lo parecer como nada aos olhos dos homens' (Luz no Caminho). Temos apenas que renunciar àquilo que de fato é inferior, embora possa, externamente, parecer superior. Então, o verdadeiramente grande surge. 

Ele surge por si próprio, quando é chegada a hora. Se tentarmos forçá-lo a se antecipar, podemos ser guiados na direção oposta, rumo à supressão de algo que, mais cedo ou mais tarde, aparecerá novamente e causará dificuldades. Mas, quando há uma certa maturidade, não conseguimos fazer outra coisa senão nos derreter com grande alegria no interior do Um, que é o nosso verdadeiro ser. 

O conhecimento direto do terreno não pode ser obtido senão pela união, e a união só pode ser alcançada pelo aniquilamento do ego e da autoimportância, que é uma barreira separando o 'tu' do 'Aquilo' (A Sabedoria Perene, A. Huxley).

Só quando o novo dia tiver verdadeiramente raiado em nossos corações é que as novas praias poderão acenar. Esse novo dia é responsabilidade nossa. Descobriremos então que as novas praias não são diferentes do novo dia, que somos aquelas praias e que elas estiveram sempre presente, mas permaneceram invisíveis até que o novo dia raiasse em nós."

(Mary Anderson - Para alcançar um novo dia - Revista Sophia, Ano 7, nº 26 - p. 30/31)


quinta-feira, 13 de abril de 2017

RUMO À TRANSFORMAÇÃO (2ª PARTE)

"(...) As pessoas religiosas também descobrem isso desistindo do conceito limitado de Deus em favor de um conceito mais amplo, até que alcançam aquilo que tudo abarca. É isso também que descobrem as pessoas ativas quando desistem de ações em benefício próprio em favor do serviço aos outros. Todos esses caminhos levam ao autoesquecimento e, portanto, ao novo - um novo dia, novas praias. Mas essa renúncia deve ser voluntária e espontânea; deve ocorrer somente quando o momento for propício. 

Não devemos nos restringir a um único caminho, pois nosso ser comporta diferentes possibilidades: ação, emoção, pensamento.

'O caminho não é encontrado apenas pela devoção, apenas pela contemplação religiosa, pelo progresso ardente, pelo trabalho autossacrificante, pela observação cuidadosa da vida. Nenhum desses, sozinho, pode levar o discípulo mais do que um degrau adiante. Todos os degraus são necessários para compor a escada' (Luz do Caminho).

Qualquer que seja o caminho pelo qual nos aproximemos das novas praias, o que lá encontrarmos não pode ser concebido nem descrito. São João da Cruz disse que 'aqueles que O conhecem mais perfeitamente percebem com muito mais clareza que Ele é infinitamente incompreensível.'

Mas os místicos, os verdadeiros sábios e os santos de todas as tradições afirmaram que as praias longínquas, os horizontes além de todos os horizontes não estão tão distantes: estão no aqui e agora, em nós, em nossas vidas. Compreender isso já é transformação. (...)"

(Mary Anderson - Para alcançar um novo dia - Revista Sophia, Ano 7, nº 26 - p. 30)

quarta-feira, 12 de abril de 2017

RUMO À TRANSFORMAÇÃO (1ª PARTE)

"As transformações no nosso conceito do divino são como uma viagem de um horizonte a outro, uma jornada que sempre nos leva além. Dionísio, o Aeropagita, afirmou: 'É mais apropriado louvá-lo retirando do que atribuindo, pois imputamos-lhe atributos quando partimos dos universais e descemos através do intermediário até os particulares. Mas aqui retiramos-lhe todas as coisas subindo dos particulares para os universais, para que possamos conhecer abertamente o incognoscível, que está oculto no interior e sob todas as coisas que podem ser conhecidas. E observamos essas trevas além da manifestação, ocultas sob toda luz natural' (A Filosofia Perene, A. Huxley).

Helena Blavatsky chama aquilo que está além da luz e das trevas de As Grandes Trevas. Lemos em Luz no Caminho: 'Aferra-te àquilo que não tem substância nem existência./Ouve apenas a voz que não tem som./Considera apenas aquilo que é invisível/tanto para o sentimento interno quanto para o externo.'

Essa é a mais elevada forma de devoção. O caminho das negações livra-nos de todas as limitações e leva à transformação. Ele implica também a negação de nós mesmos, como nos conhecemos atualmente. Só desistindo do menor é que o maior pode emergir. Desistamos de nós mesmos como somos agora. Isso significa sacrifício - uma palavra da qual muitas pessoas não gostam, porque a associam a sofrimento. Mas somente nesse sacrifício há felicidade.

Aqueles que trilham o caminho da sabedoria descobrem isso. Eles desistem dos conceitos menores e superficiais. Somente então surgem os conceitos maiores, mais profundos, que, no final das contas, levam ao sem forma. (...)"

(Mary Anderson - Para alcançar um novo dia - Revista Sophia, Ano 7, nº 26 - p. 30)
www.revistasophia.com.br


terça-feira, 11 de abril de 2017

O QUE VOCÊ ENTENDE POR AMOR?

"O amor é misterioso. Ele só pode ser entendido quando o conhecido é entendido e transcendido. Haverá amor só quando a mente estiver isenta do conhecido. Portanto, devemos abordar o amor negativamente, e não o contrário.

O que é o amor para a maioria de nós? Quando amamos, há possessividade, dominação ou subserviência. Dessa possessão surgem o ciúme e o medo da perda, por isso legalizamos esse instinto possessivo. Além do ciúme, surgem inúmeros conflitos com os quais cada um está familiarizado. Portanto, possessividade não é amor. Nem o amor sentimental. Ser sentimental, emocional, exclui o amor. A sensibilidade e as emoções são meramente sensações.

...Só o amor pode transformar a insanidade, a confusão e o conflito. Nenhum sistema, nenhuma teoria da esquerda ou da direita pode trazer paz e felicidade ao homem. Onde há amor não há possessividade, não há inveja. Há piedade e compaixão, não em teoria, mas verdadeiramente - por seu cônjuge e seus filhos, seu vizinho e seu subalterno... Só o amor pode trazer piedade e beleza, ordem e paz. Há amor com sua bênção quando 'você' deixa de existir."

(Krishnamurti - O Livro da Vida - Ed. Planeta do Brasil Ltda., São Paulo, 2016 - p. 124)


segunda-feira, 10 de abril de 2017

NÓS TORNAMOS O SEXO UM PROBLEMA

"Por que qualquer coisa que tocamos se transforma em um problema?... Por que o sexo se torna um problema? Por que nos submetemos a viver com problemas, por que não pomos um fim neles? Por que não morremos para os nossos problemas, em vez de carregá-los dia após dia, ano após ano? Certamente, o sexo é uma questão relevante, que eu devo responder presentemente, mas resta a questão primária: por que transformamos a vida em um problema? O trabalho, o sexo, ganhar dinheiro, pensar, sentir, experienciar, todas as atividades da vida - por que são um problema? Será, essencialmente, porque sempre pensamos de um ponto de vista particular, determinado?

Estamos pensando sempre do centro para fora, mas a parte periférica é o centro da maioria de nós, e por isso qualquer coisa que tocamos é superficial. Mas a vida não é superficial, ela demanda viver completamente, e como só estamos vivendo superficialmente, só conhecemos a reação superficial. Qualquer coisa que façamos na parte periférica deve inevitavelmente criar um problema, e essa é a nossa vida - vivemos no superificial e ali ficamos contentes em viver com todos os problemas. Portanto, os problemas existem enquanto vivemos no superficial, na periferia do 'eu' e suas sensações, que podem ser exteriorizadas ou tornadas subjetivas, ser identificadas com o universo, o país ou alguma outra coisa criada pela mente. Por isso, enquanto vivermos dentro do campo da mente, deverá haver complicações, problemas, e isso é tudo o que conhecemos."

(Krishnamurti - O Livro da Vida - Ed. Planeta do Brasil Ltda., São Paulo, 2016 - p. 123)