OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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quinta-feira, 23 de março de 2017

O BOM CORAÇÃO (1ª PARTE)

"O tipo de nascimento que teremos na próxima vida é determinado então pela natureza das nossas ações nesta vida. E é importante não esquecer nunca que o efeito das nossas ações depende inteiramente da intenção ou motivação que está por trás delas, e não da sua magnitude.

No tempo do Buda vivia uma velha mendiga chamada 'Confiando na Alegria'. Ela observava os reis, príncipes e povo em geral fazendo oferendas ao Buda e a seus discípulos, e não havia nada que quisesse mais do que poder fazer o mesmo. Saiu então pedindo esmolas, mas ao fim do dia não havia conseguido mais do que uma moedinha. Levou-a ao mercador para tentar trocá-la por algum óleo, mas ele lhe disse que aquilo não dava para comprar nada. Quando soube que ela queria fazer uma oferenda ao Buda, encheu-se de pena e deu-lhe o óleo que queria. A mendiga foi para o mosteiro e acendeu uma lâmpada. Colocou-a diante do Buda e fez o seguinte pedido: 'Nada tenho a oferecer senão esta pequena lâmpada. Mas com esta oferenda, possa eu no futuro ser abençoada com a lâmpada da sabedoria. Possa eu libertar todos os seres das suas trevas, purificar todos os seus obscurecimentos e levá-los à iluminação'.

Durante a noite, o óleo de todas as outras lâmpadas se acabou. Mas a lâmpada da mendiga ainda queimava na alvorada, quando Maudgalyayana, o discípulo do Buda, chegou para recolher as lâmpadas. Ao ver aquele única ainda brilhando, cheia de óleo e com pavio novo, pensou: 'Não há razão para que essa lâmpada continue ainda queimando durante o dia', e tentou apagá-la. Mas ela continuou queimando. Tentou apagar a chama com os dedos, mas foi inútil. Tentou abafá-la com suas vestes, mas ela ainda ardia. O Buda o observava há algum tempo, e disse: 'Maudgalyayana, você quer apagar essa lâmpada? Não vai conseguir. Não conseguiria nem movê-la daí, que dirá apagá-la. Se jogasse nela toda a água dos oceanos, ainda assim não adiantaria. A água de todos os rios e lagos do mundo não poderia extinguir essa chama. Por que não? Porque ela foi oferecida com devoção e com pureza de coração e mente. E nessa motivação produziu um enorme benefício'. Quando o Buda terminou de falar, a mendiga se aproximou e ele profetizou que no futuro ela se tornaria um perfeito buda, conhecido como 'Luz da Lâmpada'.

É a nossa motivação, portanto, seja ela boa ou má, que determina os frutos da nossa ação. (...)"

(Sogyal Rinpoche - O Livro Tibetano do Viver e do Morrer - Ed. Talento/Ed. Palas Athena, 1999 - p. 130/131)


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

MEDITAÇÃO - O CAMINHO PARA ALCANÇAR DEUS

"'Quem quer ser um pianista de concerto haverá de praticar no piano doze horas por dia. Se, em vez disso, a prática dessa pessoa consiste em tocar as teclas do piano desanimadamente alguns minutos por dia, essa pessoa jamais será um bom pianista.

'O mesmo se dá com a busca de Deus. De que modo você espera encontrá-Lo se você tenta isso muito pouco?

'É muito difícil alcançar Deus. Se até mesmo um concertista deve trabalhar duro para obter êxito na sua profissão, imagine quanta aplicação deve ter o devoto na sua meditação a fim de compreender o Infinito!

'Entretanto, eis aqui um pensamento animador: todos os que se esforçam com sinceridade na senda espiritual certamente alcançarão o seu objetivo. O mesmo não se pode dizer das ambições materialistas. Não é qualquer um que pode se tornar um pianista famoso, independentemente dos seus esforços. Pois em toda área há, nos patamares mais elevados, espaço para bem poucos. Entretanto, todos os homens podem igualmente reivindicar sua qualidade de filhos diante do Pai Celestial.'"

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda, A Essência da Autorrealização - Ed. Pensamento, São Paulo, 2012 - p. 168)


quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

LIMPE O SEU CORAÇÃO PARA TRANSFORMAR A SUA NATUREZA

"Egoísmo, orgulho e ambição têm de ser removidos do coração. Sathya (verdade ou veracidade), japa (repetição de um mantra),  dhyana (meditação) constituem o arar e o nivelar (do terreno). Prema (amor) é a água a ser lançada no campo para o arar e enriquecer. Nama (o Nome de Deus) é a semente. Bhakthi (devoção) é o broto. Kama (luxúria, sensualidade obsessiva) e krodha (rancor, ódio) são o gado voraz. A disciplina ascética (sadhana) é a proteção. Ananda (bem-aventurança) é a colheita.

A preguiça deve ser alijada da natureza humana independente da forma em que apareça. Este é o primeiro passo na transformação de manava (natureza humana) em Madhava (natureza divina), isto é, na transmutação do homem em Deus. 

(Sathya Sai Baba - Sadhana, O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p.161)


quarta-feira, 13 de julho de 2016

IDOLATRIA

"'A Bíblia condena a idolatria', observou um visitante cristão, 'no entanto, li que em todo lar hindu há pelo menos um ídolo. De que modo podem os cristãos - e, quanto a isso, os judeus - deixar de condenar essa prática como algo pagão?'

Replicou o Mestre: 'Imagine que você vê uma garotinha brincando com uma boneca e cuidando dela como se ela fosse a sua filhinha. Você ralharia com ela dizendo que 'a boneca é só um objeto inanimado'? Brincar com bonecas pode até mesmo cumprir o objetivo prático de ajudar a criança a se preparar para a maternidade algum dia.

'As imagens, de modo semelhante, podem ajudar as pessoas a despertar e a concentrar a devoção delas. Os cristãos por acaso não conservam imagens nos seus altares - Jesus, por exemplo, na cruz?

'Uma vez mais, pense em todas as imagens que Deus nos deu na Natureza. Pelo fato de O amarmos, a beleza das árvores, das flores e do pôr do sol não nos lembra a Sua beleza infinita?

'A idolatria condenada na Bíblia é a prática característica do ego de valorizar mais a criação do que o Criador; de venerar o dinheiro, e não o tesouro divino que há no Eu superior; de venerar o amor humano e não o amor divino; de venerar os vícios, que são falsos, tais como a bebida e o sexo, e não rezar pelo 'vício' do êxtase divino.'"

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda, A Essência da Autorrealização - Ed. Pensamento, São Paulo, 2012 - p. 48/49


segunda-feira, 13 de junho de 2016

TRABALHE O SEU CARÁTER

"Reduza seus desejos; minimize seus anseios. Todas estas quinquilharias materiais têm vida curta. Quando a morte o privar do poder de defender-se, seus parentes arrancarão o anel de seu nariz (é comum nas indianas um anel na aba de uma das narinas) e, na pressa, podem mesmo cortar-lhe o nariz. Se você continuar amontoando desejo sobre desejo, ser-lhe-á impossível partir feliz quando o chamado vier. Torne-se rico, mas rico de virtude, rico de espírito de serviço, rico de devoção ao Poder Supremo. Isso é o que Me agrada e também o salva.

Uma barra de ferro afunda quando posta na água; mas a trabalhe até a transformar num vaso oco, e ela flutuará e até carregará algum peso a mais. Assim também acontece com a mente do homem, que facilmente afunda no mar da sensualidade. Trabalhe-a, martelando-a com o nome do Senhor; e ela flutuará no mar dos problemas. Não faça igual a um disco da vitrola a cantarolar a canção de alguém, enquanto ignora a genuína emoção da música. Cante, de sua própria experiência, a Glória e a Graça do Senhor."

(Sathya Sai Baba - Sadhana, O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 151)


terça-feira, 12 de abril de 2016

OS CAMINHOS PARA SE APROXIMAR DE DEUS

"(13:24) Para contemplar o Eu no eu (o ego purificado) por meio do eu (a mente esclarecida), alguns aspirantes seguem o caminho da meditação, outros o do conhecimento e outros ainda o da atividade desprendida (serviço).

Aqui são mencionados, de passagem, os três métodos pelos quais podemos nos aproximar de Deus (ou seja, da realização de Si Mesmo). O primeiro é a meditação - a senda da atividade interior, a que chamamos ciência do Kriya Yoga. O segundo, o Shankhya Yoga, a vereda do discernimento ou Gyana. E o terceiro, o Karma Yoga, o caminho da reta ação.

Poder-se-ia perguntar: 'Por que Krishna não mencionou também o caminho do Bhakti Yoga, a devoção?' Em verdade, sem devoção, nenhum outro caminho funcionará. Krishna enfatiza frequentemente, no Gita, a importância da devoção. Neste capítulo, ressalta a necessidade de mover guerra pela causa da verdade (daí as constantes referências ao kshetra e a Kurukshetra, símbolo da luta que o progresso espiritual pressupõe). Quer na meditação, no julgamento ou na ação, uma atitude devota deve inspirar tudo o que se faça. A devoção é a corda que impulsiona a seta para o alvo. Sem ela, todo esforço espiritual reduz-se a amealhar um bom karma. Não poderá garantir libertação." 

(A Essência do Bhagavad Gita - Explicado por Paramhansa Yogananda - Evocado por seu discípulo Swami Kriyananda - Ed. Pensamento, São Paulo, 2006 - p. 406


sábado, 19 de março de 2016

DISCERNIMENTO ESPIRITUAL

"A luz do corpo é o olho. Se, pois, o teu olho for bom, todo o teu corpo estará cheio de luz.
Se, porém, o teu olho estiver doente, todo o teu corpo será cheio de trevas. Se, portanto, a luz que há em ti são trevas, quão grandes serão essas trevas!

Para que fixemos nossos corações no eterno e renunciemos aos objetos efêmeros do mundo, nossos olhos têm de ser 'singulares'. Não precisamos correr atrás deste ou daquele objeto, mas devemos nos concentrar com devoção unidirecionada em Deus. Para a obtenção da iluminação, diz o Gita:

'A vontade volta-se sozinha para o único ideal. Quando falta ao homem este discernimento, sua vontade vaga em todas as direções, atrás de inúmeros objetivos.'

Quando faltar ao homem o discernimento espiritual, 'todo o seu corpo ficará nas trevas'. Ele continua a viver na ignorância, e o Eu verdadeiro, a luz divina dentro dele, permanece escondido. A concentração da mente no ideal escolhido de Deus é a chave para revelar essa luz divina.

Essa concentração, pois, purifica o que entra na consciência através dos sentidos. 'A luz do corpo é o olho', diz o Cristo, comparando o olho a uma janela pela qual penetra o mundo exterior. Através dos cinco sentidos captamos impressões, e a soma total dessas impressões compõe o nosso caráter. Se vemos o bem, absorvemos o bem; se vemos o mal, absorvemos o mal. Como reza uma prece védica: 'Possamos, com nossos ouvidos, ouvir o que é bom. Possamos, com nossos olhos, enxergar a tua justiça.' Ao olharmos, é necessário que aprendamos a enxergar Deus, o Espírito que envolve tudo - e não a aparência e a forma das coisas. Desse modo, em vez de nos desviar do nosso ideal, cada objeto do universo torna-se uma ajuda na percepção de Deus.

E assim a luz de Deus cai sobre nós até que, finalmente, nosso 'corpo todo fique cheio de luz'. (...)"

(Swami Prabhavananda - O Sermão da Montanha Segundo o Vedanta - Ed. Pensamento, São Paulo, - p. 110/111)


quinta-feira, 3 de março de 2016

A CONDIÇÃO DE SERVIR

"Viemos a esta terra para servir uns aos outros. Os pais cuidam dos filhos, os cônjuges se ajudam mutuamente, amigos dão força uns aos outros – a vida se mantém e se alimenta através do amor e da devoção incondicionais.

Servir é mais do que um processo unilateral. Quanto mais dá de si generosamente, mais você tem para dar, Ou, nas palavras de Jesus: ‘Aquele que se perder por Mim, achará’. Dois meses antes de sua morte, Martin Luther King afirmou que o único apego que teria de deixar para trás era uma ‘vida de dedicação’. Vinte anos depois um feriado nacional comemora o seu legado – uma vida de serviços.

Existe sempre alguém a quem você pode servir e alguém que está igualmente pronto a servi-lo. O símbolo representado pela escada de Jacó ilustra admiravelmente a natureza triunfante da devoção. Tal como as figuras na escada, quando empurramos nosso próximo um degrau acima, somos, ao mesmo tempo, ajudados a subir por alguém que está à nossa frente. Ajudando-nos uns aos outros, todos poderemos alcançar juntos nossa meta espiritual.

Dê uma olhada em sua própria vida. Compreenda que está a serviço do planeta e de seus habitantes. Pouco importa como o mundo está vendo a sua contribuição. O que realmente importa é a motivação que está por trás do ato de servir. O simples ato de sorrir para um estranho pode favorecer uma cura tanto quanto a descoberta de uma nova vacina. Nenhum gesto de bondade, por menor que seja, jamais é desperdiçado."

(Douglas Bloch - Palavras que Curam  Ed. Cultrix, São Paulo, 1993 - p. 106)


sábado, 16 de janeiro de 2016

O CONTROLE DOS SENTIDOS

"(3:7) Mas o êxito absoluto, ó Arjuna, espera aquele que disciplina seus sentidos por um esforço da mente, permanece no íntimo sem apegos e usa os órgãos da ação em atividades que nos lembram Deus.

Consideremos isto: que são 'atividades que nos lembram Deus'? Elas incluem todo ato ou pensamento que direciona a mente para a supraconsciência. Simples pietismo expresso em orações na igreja, templo ou sinagoga; sentimentos meramente 'sagrados', exibidos para impressionar os outros (ou proclamados com fervor para 'impressionar' Deus) - em suma, toda mostra de religiosidade só é aceitável se, por dentro, formos sinceros. A ânsia de impressionar trai o desejo de colher resultados, nunca a sinceridade dos sentimentos.

A expressão de Krishna '...disciplina seus sentidos por um esforço da mente' revela a importância de não se adotarem apenas meios exteriores de autodisciplina: por exemplo, ficar de pé ou sentado com a mão erguida até que ela se atrofie pelo desuso; nunca se sentar nem deitar como forma de penitência; estirar-se numa cama eriçada de pregos; isso, mais os jejuns intermináveis, a privação do sono e outras formas de embotamento dos sentidos adotadas para obter o autocontrole, sem a contrapartida de um discernimento inteligente, não é o que Krishna recomenda aqui. Austeridade do mesmo tipo, em outras religiões, incluem autoflagelação, inanição e outras que lembram muito as empregadas na Índia. Mencioná-las todas seria inútil, pois todas se destinam a subjugar os sentidos sem o uso adequado da vontade. Esta tem de dar seu consentimento ativo para a libertação interior: de nada vale mortificar o corpo para obrigá-lo à submissão.

Controlar os sentidos não é tiranizá-los. O que se tem a fazer é retirar deles a energia, porquanto a vontade age diretamente sobre ela. Yogananda declarou: 'Quanto mais forte a vontade, mais abundante o fluxo de energia.' A direção desse fluxo pode ser tanto para dentro quanto para fora, tanto para cima quanto para baixo.

Por isso Krishna fala também em desapego interior. Privar-se de coisas materiais pode, e frequentemente o faz, alimentar o fogo dos vínculos ocultos! Nenhuma atividade voltada para impressionar os semelhantes (ou até Deus) dará, no fim, frutos divinos. A evolução espiritual se consegue, acima de tudo, desejando-a intensamente, não infligindo disciplina violenta ao corpo.

Com boa vontade, alegria e devoção, é possível encontrar Deus. Sem o pleno consentimento da vontade e da consciência total da pessoa, este que é o mais nobre dos objetivos - a consciência pura da Bem-aventurança - não será nunca atingido."

((A Essência do Bhagavad Gita - Explicado por Paramhansa Yogananda - Evocado por seu discípulo Swami Kriyananda - Ed. Pensamento, São Paulo, 2006 - p. 143/144)


quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

A CORRETA OBSERVÂNCIA DO NATAL

"O que significa comemorar o sagrado nascimento de Cristo num determinado dia? Não é só a oportunidade de trocar presentes e participar de festividades. A finalidade especial e distinta é reavivar no pensamento a inspiração das qualidades perfeitas de Jesus. Quando você segura uma fotografia à sua frente, a imagem o faz lembrar-se das características mais marcantes daquela pessoa; portanto, quando observado corretamente, esse é um dia para recordar.

É triste quando as pessoas esquecem o propósito do Natal. Milhões pensam apenas no lado material desta época sagrada. Não faremos parte desse grupo. Amanhã teremos nosso dia de meditação. Das dez da manhã às seis da tarde meditaremos em Cristo. Nosso objetivo é sentir a presença e a consciência dele. Cristo permanece um desconhecido entre os homens, que continuam a manter fechados os portões da devoção, aferrolhados pelos desejos materiais. Assim ele não pode entrar. Quando os portões se abrirem com amor por Cristo, ele virá. Quero que todos levem a sério a comemoração espiritual do Natal. Nosso objetivo é trazer Cristo à nossa consciência - nada menos do que isto."

(Paramahansa Yogananda - Jornada para a autorrealização - Self-Realization Fellowship - p.169)


sexta-feira, 27 de novembro de 2015

SIGA O SADHANA DO GURU

"O sadhana ensinado por nosso gurudeva, Paramahansa Yoganada, mostra-nos como aplicar o 'Caminho Óctuplo da Yoga" delineado pelo sábio Patânjali. Vem primeiro yama-niyama, os preceitos morais e espirituais que todos os seres humanos precisam seguir a fim de levar uma vida em harmonia com a lei divina. Depois, vem asana ou postura correta para meditação, com a coluna vertebral ereta. O asana correto é importante para impedir que o corpo distraia a mente enquanto ela procura ir em direção a Deus. 

A seguir vem pranayama, ou controle da força vital, que é necessário para que a respiração não mantenha a consciência amarrada ao corpo. Logo depois, a interiorização da mente, ou pratyahara, que nos liberta das distrações mundanas que nos chegam através dos cinco sentidos. Então, estamos livres para a concentração e a meditação, dharana e dhyana, que levam ao samadhi: a experiência superconsciente da união com Deus.

O Senhor não tem prediletos; Ele ama a todos igualmente. O sol brilha da mesma forma no carvão e no diamante, contudo o diamante recebe e reflete a luz. Quase todas as pessoas têm mentalidade semelhante ao 'carvão'; eis por que pensam que Deus não as abençoa. O amor e as bênçãos estão aí; o homem só precisa recebê-los. Por meio de bhakti, ele pode transformar sua consciência em mentalidade diamantina para receber e refletir plenamente o amor e a graça de Deus. Então, terá paz e satisfação em sua vida. Mesmo uma pequena meditação e amor sincero por nosso Criador Divino trarão paz aos corações dos homens, e consequentemente as condições do mundo irão realmente melhorar. 

Ao oferecer a devoção de nossos corações ao guru e ao receber dele, em troca, o amor divino e a amizade incondicionais, aprendemos o que é amar a Deus sinceramente. O guru desperta dentro de nós o verdadeiro amor por Deus, e nos ensina de que maneira amá-Lo."

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 179/180)


quinta-feira, 12 de novembro de 2015

FIRMEZA DE CARÁTER

"Nunca ceda à indolência nem ao desespero. Receba alegremente perda e aflição, pois elas ajudam a firmar o caráter. O diamante é encontrado em meio às pedras. Você terá de dinamitar ao longo do veio para alcançar o ouro. Obedeça o estrito regime que o médico prescreve para que o remédio dê o resultado melhor. A bateria de seu 'carro' é carregada quando você vem a Puttaparthi¹ ou quando vai a algum outro lugar sagrado. No mínimo, este deve ser o objetivo da peregrinação. Carregue a bateria de seu sadhana (disciplina espiritual), e depois, tendo voltado ao lar, não deixe o 'carro' ocioso. Se o fizer, a bateria cairá. Tome o 'carro' e o mantenha em movimento; assim, a bateria se autocarregará. De igual modo, se você não prosseguir no satsang (reunião com pessoas puras e sábias) o sathpravarthana², e o bhajana (cântico devocional) e o namasmarana (repetição do Nome do Senhor), toda esta carga se torna desperdício."

¹ Vila onde nasceu Sai Baba, no sul da Índia, onde tem sua morada (ashram).
² Sathpravarthana - as práticas santificantes.

(Sathya Sai Baba - Sadhana, O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p.57)


terça-feira, 27 de outubro de 2015

FAÇA DEUS QUEBRAR SEU VOTO DE SILÊNCIO

"Aconteça o que acontecer, se você estiver cada vez mais com Deus, descobrirá que Ele sempre está com você. Você fará esse esforço? Quando comecei, todos os dias a minha mente dizia: 'Você não conseguirá conhecer a Deus. Só os grandes mestres, como Krishna, Jesus e Buda, conseguiram.' Mas depois eu raciocinava: 'Se Deus os favoreceu, poderia ser parcial, mas eu sei que não é - Ele não favorece ninguém. Até eles tiveram que enfrentar grandes testes. Mas obtiveram sucesso divino, de modo que eu também posso.'

Esforce-se para encontrar Deus, tentando convencê-Lo de que O quer e tentando persuadi-Lo a falar com você. Se fizer Deus quebrar Seu voto de silêncio, Ele falará. É isso o que torna difícil conhecê-Lo; é preciso perseverança devocional. Quantos anos chorei secretamente por Ele! Mas agora sei que nunca mais O perderei, porque Ele não está separado de mim. Está sempre comigo. Quando a onda se funde com o oceano, não consegue mais se sentir perdida. Assim somos: quando nos unimos ao Espírito, não conseguimos mais nos sentir separados de Deus. 

Portanto, acima de tudo, encontre tempo para Deus. Por mais cansado que esteja ao fim do dia, logo que todos forem dormir levante-se, e jogue-se aos pés de Deus. Não durma enquanto não tiver comungado com Ele. Ore para Ele, na linguagem do coração: 'Meu Senhor, Tu vens em primeiro lugar. Decidi que, no templo da noite, vou me dedicar a Te amar. Tu és meu tudo: meu sono, minha vida, és até minha morte, se preciso for. Só quero a Ti. Tu me bastas. Ofereço todo meu poder, meus pensamentos e meu amor para Te sentir, para estar junto a Ti, para Te amar.'"

(Paramahansa Yogananda - O Romance com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 107)


sexta-feira, 16 de outubro de 2015

O AMOR CONQUISTA TODAS AS COISAS

"No mundo em geral, existem muitas dificuldades a serem vencidas, criadas pelas forças das trevas ou resistência e as forças de luz ou progresso, entre as quais os destinos da humanidade sempre oscilam para trás e para diante. 

Pelo fato de ser lei, somente o amor é que consegue conquistar as forças das trevas.

Podemos perceber a lei por nós mesmos, pois o homem é uma partícula na qual a onda de vida universal está centrada ou expressa.

Em nós, também, existem luz e trevas: as forças que contribuem para a unidade, para a criatividade na beleza, e para a oniabarcante felicidade, surgindo por si mesmas e irrestringíveis; também os seus opostos. 

Mas, em longo prazo, a unidade prevalece, a separatividade é destruída. Toda força enviada de nós retorna à sua origem com um ricochete infalível. Assim, aquilo que pode ser destruído pela força é destruído; mas o assassino é sempre a própria pessoa.

O amor é a única força conhecida do homem impossível de ser derrotada por qualquer ameaça, por mais terrível, ou por qualquer provação a que possa ser submetida. Em sua pureza, ele inspira ao sacrifício voluntário, convertendo-o em alegria.

Onde ele reina em perfeição, existe a bem-aventurança de uma consumação, uma integralidade, além da qual não há necessidade nem ímpeto de buscar experiência agregada. No amor existe a experiência na eternidade.

O que é verdadeiro com relação ao amor é verdadeiro com relação àquela forma temperada de amor, que é devoção, quando se rende à verdade, seja sua infinitude ou como se manifesta em um caso de encantamento humano.

Pela força do amor, o microcosmo pode ser vencido. Por esse mesmo poder, à medida que se expande, o macrocosmo é conquistado, pois é divino. Aquele que se torna mestre de si mesmo pode tornar-se mestre de um universo, (o que é um modo de falar) pois então ele não mais é ele, como se conhece, mas alguém com o poder que é o mestre do universo.

Autodomínio implica autoconhecimento e autossuficiência; e nada do mundo é autossuficiente, exceto aquele eu ou natureza que tem raízes numa condição de amor e daí floresce."

(N. Sri Ram - O Interesse Humano - Ed. Teosófica, Brasília, 2015 - p. 78/79)


segunda-feira, 12 de outubro de 2015

EMPOLGUEM-SE COM DEUS

"Indolência e falta de objetividade: evite esses dois grandes obstáculos no caminho espiritual. Com o passar dos anos, costumamos esquecer o objetivo fundamental por que abraçamos a vida espiritual. Ficamos presos aos nossos hábitos devocionais, seguindo formas exteriores, esquecendo-nos, porém, de manter viva a ardente chama interior do desejo por Deus. De bom grado envolvemo-nos em muitas outras atividades, e no entanto ficamos com preguiça de usar corretamente nosso tempo livre: para buscarmos profundamente o Divino.

Você está apenas racionalizando quando argumenta: 'Bem, se as condições tivessem sido diferentes, se eu tivesse sido tratado com mais compreensão, se tais coisas não tivessem acontecido, hoje estaria mais próximo de Deus'. Com esse raciocínio você perde a objetividade. Se não encontra Deus, a falha não está em qualquer condição externa ou em outro indivíduo, mas em você mesmo. Em última análise, nenhuma pessoa ou condição poderá nos impedir de conhecer Deus se nos empenharmos sempre em nos livrar da preguiça, da indiferença e da falta de objetividade. Intimamente, entusiasme-se pelo Amado Divino. E se não sentir isso, culpe só a si mesmo.

Quando vim para Mt. Washington, havia muitos problemas a enfrentar, comigo e com os que me rodeavam. Fiquei desanimada ao descobrir que, mesmo no ashram, eu não conseguia fugir dessas dificuldades. Porém havia dentro de mim um fervoroso entusiasmo por conhecer a Deus. Eu tinha grandes sonhos de encontrá-Lo nesta vida. Desse modo, analisei: 'Pode qualquer condição, ambiente ou indivíduo enfraquecer seu ardente desejo por Deus? Se é assim, então você realmente não O deseja muito.' E com esse pensamento na mente comecei, decidida, a dirigir de maneira correta os meus próprios passos no caminho.

É uma tragédia quando as pessoas caem de tal modo na rotina que aparentemente levam uma vida espiritual, deixando porém a indiferença extinguir o fogo devocional por Deus. O devoto deve começar a corrigir tal condição agora, mantendo a mente no Divino noite e dia: Deus primeiro, Deus por último, Deus o tempo todo."

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 256/257)


domingo, 30 de agosto de 2015

O QUE É O AMOR (2ª PARTE)

"(...) Outra característica do amor é o desejo de servir ao ser amado. O desejo de ser útil a quem se ama é uma força impulsora que está onde quer que haja amor. Sempre que alguém ama profundamente, tenta servir ao ser amado e agradá-lo com seus atos de devoção. Encontramos isso em todos os casos, e a intensidade do nosso desejo de servir depende da intensidade do nosso amor. Um filho amoroso tenta servir seus pais, um discípulo amoroso, o seu preceptor, um consorte o seu consorte, um animal o seu dono, e vice-versa.

Portanto, não vejo distinção entre o que é chamado 'diferentes tipos de amor' de um ser humano por diferentes seres. A intensidade difere, com certeza, mas a natureza do amor não difere de um caso para outro.

O amor é uma força cega que nos leva além de nós mesmos e que somos incapazes de deter. Ele não ouve argumentos e exige apenas duas coisas: tanta proximidade do ser amado quanto seja possível; tantas oportunidades de servir e agradar quanto seja possível.  (...)

O que o amor nos dá? Alegria. Nada mais e nada menos do que isso. Somente alegria é o que sentimos por estar ao lado de quem amamos (...) A proximidade física nos dá tal alegria que não conseguimos descrevê-la; nós sentimos sem compreender por que ela surge. A simples visão daqueles a quem amamos traz felicidade - uma felicidade tal que podemos até desejar passar por dificuldades e sofrer por aqueles que amamos. (...)"

(Sri Prakasa - O que é o amor - Revista Sophia, Ano 13, nº 54 - p. 14)

terça-feira, 28 de julho de 2015

FLORES DIÁRIAS DA PLANTA SEMPRE-VIVA DAS ORAÇÕES-EXIGÊNCIAS

"Estas exigências me foram dadas pelo Pai Universal; não são minhas. Eu apenas as senti e lhes dei expressão por meio das palavras, para poder compartilhá-las com você. Minhas bênçãos estão nelas e oro para que façam soar uma nota correspondente nas cordas vivas da harpa de seu coração, para que você também possa senti-las como eu as senti. 

Orações-exigências são como plantas sempre-vivas que produzem sem cessar novos botões. A planta da oração tem os mesmos ramos de palavras, mas diariamente apresenta novas rosas de sentimento e inspiração divina, desde que regada regularmente com a meditação. A planta da oração também precisa ser protegida das pragas da dúvida, da distração, da preguiça mental, do deixar-a-meditação-para-amanhã (o amanhã que nunca chega) e de pensar em outra coisa enquanto se imagina que a mente está totalmente concentrada na força da prece.

Esses parasitas nas plantas das orações devem ser destruídos pela fé, pela devoção a Deus, pelo autocontrole, pela determinação e pela lealdade a um só ensinamento. Rosas de inspiração imortal podem então ser colhidas todos os dias das plantas das orações-exigências.

Ó buscador do despertar da alma! Aquieta-te, e deixa que Deus te responda através de tua alma sintonizada pela intuição. Aprende a conhecê-Lo conhecendo o teu verdadeiro Eu."

(Paramahansa Yogananda - Jornada para a Autorrealização - Self-Realization Fellowship - p. 228/229)


sexta-feira, 26 de junho de 2015

SAIBA OCUPAR-SE (1ª PARTE)

"Chamamos ocupar-se o ato de empregar esforços e recursos para a realização de uma coisa qualquer, seja a solução de um problema, seja a criação de uma obra útil ou bonita, seja fazer qualquer coisa que, estando à nossa frente, não pode deixar de ser feita.

Ocupar-se com eficiência é obter o melhor resultado naquilo que se faz, usando para tal o mínimo de esforço. Ter eficiência é o ideal de todo aquele que trabalha. Depende de muitos fatores, desde a natureza da obra em que nos empenhamos, ao alcance dos meios materiais e instrumentos disponíveis, mas principalmente de concentração mental dirigida ao agir. Descobrir e usar o melhor método para aumentar o rendimento da ação constitui uma arte. É uma arte que deveríamos desenvolver. Yoga é definido por Krishna, no Gita como 'excelência na ação'. O que temos de fazer devemos fazer bem-feito, pois a ação ou obra imperfeita implica realmente numa dívida, a que ficamos vinculados ou presos. Só o perfeito agir ou fazer nos liberta, segundo a escola Suddha Dharma.

A PL (Perfeita Liberdade), moderna ordem religiosa do Japão, para a qual 'a vida é arte', ensina a seus fiéis agir com makoto: com perfeita integração e devoção no que está fazendo não importa a aparente humildade da obra. Aliás não existe obra humilde quando o agente realiza makoto. Quando o agente é mesquinho em si mesmo não importa administre um Estado, o que faz é mesquinho e imperfeito.

Yoga, diferente do que pensam erradamente muitos, não conduz à inação. É ao contrário uma filosofia da ação. É isso sim uma terapêutica contra a agitação. É muito comum confundir agitar-se com produzir. A ação inteligente é serena, mas firme. O homem criativo é sereno e não vive apressado, a sacudir-se aqui e ali, a correr trepidante de uma lado para outro, manejado pela afobação infecunda, fatigante e nervosa. (...)" 

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 192/193)
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segunda-feira, 11 de maio de 2015

BHAKTI (PARTE FINAL)

"(...) Mas aqueles que Me devotam todas as ações e a Mim, se entregam inteiramente, Me adorando, meditando sobre Mim em uma yoga sem desfalecimentos; aqueles que fixam em Mim sua consciência inteira - Ó Partha! - rapidamente Eu os livro da morte, a que está encadeado o oceano da existência. Não duvides que deves pairar em Mim, que estou além deste existência mortal. E se não és capaz de manter a consciência firmemente fixada em Mim, então, pelo yoga da perseverança, busca-Me... (Gita).

Eu posso dizer, por experiência própria, que não há dor que não se vá, quando a Divina Presença é por nós convidada a ficar. Não há sofrimento que o amor a Deus não cure.

Não queira no entanto usar bhakti como um analgésico ou um tranquilizante ao alcance da mão. De uma hora para outra, quando dentro de uma crise de angústia, não basta voltar-se para Deus e dizer: 'Pronto, agora estou precisando. Eu te amo, portanto vem salvar-me deste inferno.' Devoção a Deus é coisa séria. É definitiva, ininterrupta e total. Somente sendo assim, serve de remédio infalível contra os padecimentos existenciais. Só assim constitui remédio contra a coisa. Deus não atende a toques de campainha.

Experimente. Desenvolva amor à Onipresença e veja como o milagre ocorrerá. a paz reviverá na alma e no corpo. Os espinheiros continuarão a existir, mas se seus espinhos ainda cortam as carnes, as chagas que abrem logo se fecham e a dor, antes insuportável, perde a intensidade e acaba vencida pelo gozo espiritual dominante.

A alma do bhakta, reino de Deus, é inexpugnável, absolutamente fora do alcance da dor. Desenvolva bhakti, comece agora a amar a Deus acima de todas as coisas, bem como em todas as coisas e pessoas. Ame a Onipresença manifesta em tudo e não somente vença a dor, mas seja um comensal da Suprema Beatitude (ananda).

'Extremamente queridos, por mim, são aqueles que me consideram o Fim Supremo e, dotados de fé e devoção, seguem esta religião-néctar' (Gita)."

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 226/227)

domingo, 10 de maio de 2015

BHAKTI (1ª PARTE)

"É o caminho do amor devoto a Deus. É a solução mais adequada aos que nasceram dotados de grande sensibilidade (místicos, poetas, artistas), cuja afetividade lhes domina a vida. 

Quem, atendendo a Cristo, busca 'primeiro o reino de Deus', pelos caminhos do amor, infalivelmente alcançará os 'acréscimos', e entre estes a superação de todos os conflitos e ansiedades. 'Deixo-vos a paz, a Minha paz vos dou... Não se turbe vosso coração, nem se atemorize' (jo 14:27).

Efetivamente, é impossível ver-se lágrimas de desespero nos olhos dos que vivem inebriados de amor, se lembrando de Deus. O devoto, vendo-O em tudo, e em tudo O adorando, está isento, longe do desespero. Não há melhor recurso psicoterápico do que amar a Deus acima de tudo e em tudo.

Os homens gastam-se, perdem-se e se destroem na busca dos efêmeros 'acréscimos', esquecidos do essencial. Basta mudar de orientação, e amar a Deus com todas as forças da alma, dedicando-Lhe pensamentos, sentimentos e ações; basta inverter, mediante um discernimento superior (viveka), o processo de busca, passando a buscar antes o Reino de Deus, e todo sofrimento cessará. E a cruz pesada começará a perder peso. E acabará se transformando em bem-aventurança. (...)"

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 225/226)