OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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sexta-feira, 23 de outubro de 2015

ASPECTOS IMPORTANTES DA ALIMENTAÇÃO

"Na boa alimentação não é relevante somente a inteligência do regime, mas alguns outros cuidados, sem a obervação dos quais não se consegue os resultados terápicos e nutricionais compensadores.

a) A mastigação: deve ser prolongada, paciente, permitindo a suficiente ensalivação, sem o que a digestão, a assimilação e a eliminação se prejudicam. O hábito de engolir sofregamente, de olho no relógio ou de mente apreensiva, é responsável por desagradáveis perturbações do aparelho digestivo. Se você faz mesmo questão da saúde em geral e em especial para os nervos e o psiquismo, mastigue, mastigue... até que o bocado seja reduzido a uma pasta úmida podendo deslizar livremente goela abaixo. Vale como um curso prático de paciência. 

b) Cuidado à mesa: beleza e limpeza, finalmente, um ambiente convidativo, favorecem o apetite. Parcimônia com líquidos, principalmente se alcoólicos, gelados e açucarados. Eles favorecem o hábito de 'engolir inteiro' e, portanto, dificultam a digestão. Os gelados, resfriando o estômago, retardam muito o trabalho desse órgão.

Conversas, só as agradáveis, positivas, sábias, alegres. Jamais a maledicência, a ira, o ciúme, o medo, o ressentimento, a apreensão, o pessimismo devem sentar-se conosco à mesa de refeição. 

Atitude mental de reverência, pois a refeição deve ser valorizada como um verdadeiro ritual de agradecimento a Deus, pelo que temos em nossos pratos. Habitue-se a orar ao começar e ao findar a refeição. (...)

c) Cuidados na cozinha: não devem se restringir só ao paladar, que é importante, mas não o único a reclamar cuidados. A maneira de preparar os alimentos pode, se errada, enfraquecer o valor nutritivo indicado nas tabelas. Por exemplo, fazer laranjada e deixar na geladeira durante meia hora mata toda a vitamina C, que é pouco estável. Se partirmo um limão ou uma laranja, devemos logo consumir. Dez minutos depois, já temos só o 'cadáver da vitamina C'. Da mesma forma, a atitude psicológica e espiritual de quem prepara o alimento é imensamente mais importante do que podemos avaliar."

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 318/319)


sábado, 25 de julho de 2015

O GATILHO DA MEMÓRIA (PARTE FINAL)

"(...) Perdemos com facilidade a paciência com os filhos, com os amigos, com as pessoas que nos frustram. Infelizmente, sob um foco de tensão, psicólogos e pacientes, executivos e funcionários, pais e filhos detonam o gatilho da memória e produzem reações agressivas que os dominam, ainda que por momentos.

Ferimos a nós mesmos e não poucas vezes causamos danos às pessoas que mais amamos. Fazemos delas a lata de lixo de nossa ansiedade. Detonado o gatilho, reagimos impulsivamente, e somente minutos, horas ou dias depois adquirimos consciência do estrago que fizemos. Somos controlados pela nossa emoção. Algumas pessoas nunca mais se esquecem de um pequeno olhar de desprezo de um colega de trabalho. Outras não retornam mais a um médico se ele não lhes deu a atenção esperada. 

Se uma pessoa não aprender a administrar o gatilho da memória, viverá a pior prisão do mundo: o cárcere da emoção. Os dependentes de drogas vivem o cárcere da emoção, porque, quando detonam o gatilho, não conseguem administrar a ansiedade e o desejo compulsivo de uma nova dose. Os que possuem a síndrome do pânico vivem o medo dramático que vão morrer ou desmaiar, gerado também por esse gatilho.

Do mesmo modo, os que têm claustrofobia, transtornos obsessivos compulsivos (TOC) e outras doenças produtoras de intensa ansiedade são vítimas do gatilho da memória. Esse fenômeno é fundamental para o funcionamento normal da mente humana, mas, se produz reações doentias e pensamentos negativos inadministráveis, contribui para gerar uma masmorra interior.

Como exímio mestre da inteligência, Jesus sabia gerenciar o gatilho da memória, não deixava que ele detonasse a agressividade impulsiva, o medo súbito, a ansiedade compulsiva. Portanto, sempre pensava antes de reagir, nunca devolvia a agressividade dos outros e, como já dissemos estimulava seus agressores a repensar sua agressividade."

(Augusto Cury - O Mestre da Vida - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2012 - p. 45/46)

sexta-feira, 24 de julho de 2015

O GATILHO DA MEMÓRIA (1ª PARTE)

"O gatilho da memória é um fenômeno inconsciente que faz as leituras imediatas da memória mediante um determinado estímulo. O medo súbito, as respostas impensadas, as reações imediatas são derivados do gatilho da memória. Diante de uma ofensa, um corte na mão, uma freada brusca ou uma situação de risco qualquer, esse gatilho é acionado, gerando uma leitura rapidíssima da memória e produzindo as primeiras cadeias de pensamentos e as primeiras reações emocionais.

Somente depois de segundos ou fração de segundo é que o 'eu' (vontade consciente) inicia seu trabalho para administrar o medo, a ansiedade e a angústia que invadiram o território da emoção. Isso explica por que é difícil administrar as reações psíquicas. Grande parte de nossas reações iniciais não é determinada pelo 'eu', mas detonada pelo gatilho inconsciente da memória.

Uma pessoa agredida, ofendida, sob risco de morrer, ou seja, sob um foco de tensão, raramente conseguirá administrar seus pensamentos. Nessas situações, ela reage sem pensar. Para retomar as rédeas de sua inteligência o 'eu' terá de gerenciar os pensamentos negativos, duvidando deles e criticando-os. Assim, a pessoa sai do foco de tensão e se torna líder do seu mundo. Todavia, frequentemente somos frágeis vítimas dos processos de nossa psique.

Quem é que pensa antes de reagir antes de situações tensas? Não exija lucidez das pessoas quando elas são feridas, ameaçadas ou estão ansiosas. Seja paciente com elas, pois o gatilho da memória estará gerando medo, raiva, ódio, desespero, que por sua vez travam a liberdade de pensar. Quando nossas emoções estão exaltadas, reagimos por instinto, e não como seres pensantes.

Jesus foi ofendido diversas vezes em público. Mas não se deixava perturbar. Em algumas situações, foi expulso das sinagogas, mas mantinha sua emoção intacta. Correu risco de morte em algumas ocasiões, mas permaneceu em paz, em vez de tenso. A mesma coragem que o movia para falar o que pensava protegia sua emoção diante dos estímulos estressantes. (...)"

(Augusto Cury - O Mestre da Vida - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2012 - p. 44/45)


segunda-feira, 8 de junho de 2015

CAMINHO DA LIBERTAÇÃO

"Thithiksha significa equanimidade em face dos opostos, suportando serenamente a dualidade. É o privilégio do forte e o tesouro do bravo. Os fracos serão tão agitados como as penas de um pavão; estão sempre inquietos, sem um minuto de estabilidade. Oscilam feito pêndulo, de um lado a outro: uma hora, alegria; no instante próximo tristeza.

Thithiksha não é a mesma coisa que sahana¹, pois sahana significa suportar, tolerar, aguentar uma coisa somente porque não se tem outro jeito. Se você tem capacidade para vencê-la, mas, ainda assim, nega-lhe atenção, isto sim, é disciplina espiritual. 

Conviver pacientemente com o mundo externo da dualidade, combinando isso com uma vivência de equanimidade e paz internas, é o caminho da Libertação. Levar tudo com analítica discriminação é o tipo de sahana que conduzirá a bom resultado."

¹ Sahana - fortaleza, paciência.

(Sathya Sai Baba - Sadhana, O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 116)


domingo, 17 de maio de 2015

A SABEDORIA DO SOFRIMENTO (PARTE FINAL)


"(...) Ninguém se torna sábio na escola primária das circunstâncias de fora - mas sim na Universidade da sua substância de dentro. 

Para escutar a sabedoria da substância interna, deve o homem silenciar de vez em quando o ruído das circunstâncias externas e auscultar a voz de dentro.

Deve o homem entrar, a cada dia, por meia hora, no silêncio de dentro e fechar todas as portas aos ruídos de fora.

Não somente aos ruídos físicos da natureza e da sociedade, mas também aos ruídos mentais e emocionais do seu próprio ego.

Para todo o principiante é difícil fechar as portas aos pensamentos e às emoções, mas com paciência e persistência, domina ele a dificuldade e encontra a facilidade.

No fim, pode o homem ficar no silêncio de dentro em plena sociedade dos ruídos externos.

E, na razão direta que cresce o silêncio de dentro, decresce o amargor do sofrimento.

Por fim, pode o homem dizer a si mesmo: eu sou o senhor do meu destino, eu sou o comandante da minha vida.

Ninguém é senhor do seu destino de fora, mas pode e deve ser senhor do seu destino de dentro.

O destino de fora obedece à natureza e à sociedade, e não a nós - mas o destino de dentro obedece ao homem e o faz feliz ou infeliz.

Gozos e sofrimentos são coisas que nos acontecem à-toa - mas a felicidade ou infelicidade são creações nossas.

Eu sou o senhor da minha felicidade ou infelicidade - outros são autores dos meus gozos ou sofrimentos.

Eu tenho gozo, eu tenho sofrimento - mas eu sou a minha felicidade ou infelicidade."

(Huberto Rohden - Porque Sofremos - Ed. Martin Claret, São Paulo, 2004 - p. 69
www.martinclaret.com.br


sábado, 16 de maio de 2015

A SABEDORIA DO SOFRIMENTO (1ª PARTE)

"A alternativa da vida humana não é sofrer por não sofrer - o grande problema é saber sofrer.

Quem se identifica com o seu corpo é um analfabeto da sabedoria - quem se identifica com sua alma é um sábio.

O nosso ego material é infeliz quando sofre - o nosso Eu espiritual pode sofrer feliz.

Quem sofre para sofrer é um masoquista - quem sofre por um ideal superior é um homem sábio. 

É melhor realizar-se pelo sofrimento do que frustrar-se no gozo.

Se a vida terrestre fosse a vida definitiva, o sofrimento seria um absurdo.

Saber que o sofrimento pode ser o caminho para a felicidade faz sofrer com serenidade e amor.

Quem vê no sofrimento um meio para ultrapassar as futilidades da vida é um iniciado.

Todo o homem que não sabe sofrer é um ignorante - quem sabe sofrer é um sábio.

Quem se revolta contra o sofrimento faz de um mal dois males.

Quem se resigna estoicamente ao sofrimento não se faz melhor nem pior.

Quem vê no sofrimento um meio de purificação redime-se da amargura do sofrimento.

Não adianta aconselhar o sofredor que sofra com paciência - o que resolve o seu problema não são bons conselhos, de que está calçado o caminho do inferno - o que resolve é que o sofredor tenha a visão nítida do seu verdadeiro Eu. (...)"

(Huberto Rohden - Porque Sofremos - Ed. Martin Claret, São Paulo, 2004 - p. 68/69)


domingo, 15 de março de 2015

QUEM É RESPONSÁVEL PELA CONDUTA DOS ADOLESCENTES? (PARTE FINAL)

"(...) Uma vez, um jovem se aproximou de mim e disse: 'Não consigo falar com meus pais. No momento que procuro discutir meus problemas – que para mim são profundos -, parece que não querem escutar; ou me repreendem, ou me dão ultimatos. Eles nunca me dão uma chance de me expressar; assim, em consequência, aprendi a ficar calado. Não falo com eles. Eles não conhecem os pensamentos e as dificuldades que estou tendo. Ou estão muito ocupados, ou não querem ouvir, ou são muito impacientes comigo.' 

Esse é um dos grandes erros que os pais cometem; não têm tempo para se identificar com os problemas e interesses dos filhos. Em vez disso, argumentam: 'Não é suficiente que eu lhe dê uma casa e tome providências para que tenha boas roupas, que lhe ofereça carro aos sábados, consentindo que saia com essa ou aquela pessoa, e lhe dê tantas coisas que você quer, inclusive viagem de férias todos os anos?' Não, isso não é suficiente. Essas coisas nunca tomarão o lugar de compreensão e do companheirismo.

Todo pai ou mãe deseja que os filhos algum dia digam: 'Sou grato a meus pais; eles foram firmes comigo, mas eu sempre soube que me amavam e que podia recorrer a eles por qualquer coisa, sabendo que receberia compreensão, orientação e paciência.' No entanto, para ser esse tipo de pai ou mãe, é preciso haver também disposição para disciplinar-se. Eles têm que dar bom exemplo, física, moral, intelectual e espiritualmente. Têm que cultivar sabedoria, paciência e compreensão, e têm que exercer perfeito autocontrole todas as vezes que lidarem com o filho. Desse modo, estarão aptos a cumprir a responsabilidade divina que assumiram ao dar à luz uma criança neste mundo."

(Sri Daya Mata – Só o Amor – Self-Realization Fellowship -  p. 56/57)

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

CHAVES PARA A VIDA MAIOR (2ª PARTE)

"(...) Vou lhes dar algumas chaves capazes de ajudar a elevar seus pensamentos. Espero que vocês aprendam a usá-las e a torná-las uma parte integral da sua vida, para abrir a caixa do seu tesouro interior.

 PACIÊNCIA - A paciência é um recurso raro nos dias de hoje. Todo mundo parece querer tudo no exato momento! Mas nós perdemos o barco espiritual quando forçamos para que as coisas aconteçam. Tudo chega até nós na hora certa. Isso não significa que devemos nos tornar apáticos ou ignorar as oportunidades quando elas aparecem. Pelo contrário! Quando é paciente, você realmente assume o controle do seu ambiente. Você decide a hora apropriada de agir, e o momento de esperar. A paciência ensina o autocontrole  através da conservação da energia. Com esta energia, você tem o poder de tomar decisões que são para seu próprio bem.

Quando você age ou reage com impaciência, pode prejudicar uma situação amadurecer e se desenvolver de uma maneira natural. À medida que aprende a ser mais paciente, irá sentir menos estresse, o medo da vida vai diminuir e você passará a ser mais livre e consciente para tomar suas decisões.

SABEDORIA - A sabedoria consiste na percepção de que a consciência divina está dentro de você, e que todo o amor, luz e poder do infinito se encontram à sua disposição. A sabedoria não vem dos livros, mas das experiências de vidas acumuladas. Cada experiência é embebida na consciência da sua alma para ser aperfeiçoada através das suas vidas na Terra. Pode paracer uma ironia, mas, quanto mais sábio você se torna, mais percebe como sabe pouco.

CORAGEM - Para ter coragem, você precisa acreditar em si e no poder que existe dentro de você. Com confiança e perseverança, podemos ter a coragem de ouvir a voz interior e segui-la. Uma pessoa corajosa está disposta a abrir seu coração aos outros e expor-se às mudanças imprevisíveis da vida.

A coragem nos dá a confiança de que precisamos para seguir nossos corações, independentemente de quaisquer influências externas que pareçam bloquear nossos caminhos. (...)"

(James Van Praagh - Em Busca da Espiritualidade - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2008 - p. 89/90)

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

COMO TER A CERTEZA INTERIOR DE QUE DEUS ESTÁ COM VOCÊ

"Em sânscrito, o termo usado para  é maravilhosamente expressivo. É visvas. A interpretação literal comum, 'respirar com facilidade; confiar; estar livre do medo', não transmite seu pleno significado. Svas, em sânscrito, refere-se aos movimentos da respiração, assim implicando vida e sentimento. Vi transmite o significado de 'oposto; ausênsia'. Isto é: aquele cujo sentimento, respiração e vida são tranquilos consegue ter uma fé nascida da intuição, fé que não conseguem ter as pessoas emocionalmente instáveis. Cultivar a tranquilidade intuitiva exige o desenvolvimento da vida interior. Quando suficientemente desenvolvida, a intuição traz imediata compreensão da verdade. Você também pode ter essa maravilhosa experiência. O caminho é meditar.

Medite com paciência e persistência. No estado de tranquilidade que obtiver, você entrará no reino da intuição da alma. Ao longo dos tempos, os seres iluminados eram os que tinham acesso ao mundo interior da comunhão com Deus. Jesus disse: 'Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em oculto; e teu Pai, que vê secretamente, te recompensará'. Interioriza-se no Eu, fechando a porta dos sentidos e de seu envolvimento com o mundo inquieto, e Deus lhe revelará todas as Suas maravilhas".

(Paramahansa Yogananda - Viva Sem Medo - Self-Realization Fellowship - p. 54/55)

AHIMSA (PARTE FINAL)

"(...) O que foi dito em relação ao alcoolismo é válido em relação a uma recidiva da 'coisa', aos comportamentos compulsivos, obsessivos, irracionais e tudo quanto você chamaria debilidades.

Tenha ahimsa para si até mesmo quando não conseguir ter ahimsa para alguém que o ofendeu, quando não puder reprimir ou frustrar um revide à agressão sofrida.

Mantenha os olhos no objetivo que quer alcançar. Mesmo que pareça difícil agora, com paciência e ahimsa, você conquistará ahimsa. Outra coisa muito importante. Aprenda a ser benevolente para si mesmo, mas defenda-se de cair no exagero de autocomplacência e de autojustificação.

Ahimsa significa não morder, não impedindo no entanto que se mostre os dentes. Jesus, que se deixou mansamente pregar na cruz, no templo, numa demonstração de ira santa, virou as mesas dos imorais. O yoguin sabe que a ira é uma das emoções mais destruidores, por isso evite-a, mas aprenda a irar-se estrategicamente, por fora, conservando ahimsa por dentro.

Dose ahimsa. Seja enérgio quando necessário e na medida necessária.

Para chegar a não ferir ninguém aprenda primeiro a não se deixar ferir por ninguém. Suba a montanha até não ser alcançado pelas pedradas das crianças e pauladas dos tolos. Um ahimsa ilimitado também é imprudente. Não ofender é uma coisa. Não se defender da agressão é outra.

Ramakishna lembra que 'a ira no sábio dura tanto como um risco que se faz na água'."

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 215/216)

segunda-feira, 30 de junho de 2014

A PACIÊNCIA É NECESSÁRIA PARA O SUCESSO

"A prece verdadeira é um escudo absoluto e uma proteção contra... o mal. Todavia, o sucesso nem sempre responde aos nossos primeiros esforços na forma de preces fervorosas. Temos de lutar contra nós mesmos; temos de acreditar apesar de nós mesmos, pois os meses são como os anos. Se quisermos perceber a eficácia de nossas orações temos de cultivar a paciência ilimitável. Haverá momentos de escuridão, desapontamento e coisas piores; mas precisamos ter a coragem suficiente de batalhar contra tudo isso e de não sucumbir à covardia. Não existem recuos para os homens que rezam. Do mesmo modo como uma semente semeada apenas dará frutos na época correta, também poderá demorar algum tempo até que suas preces venham do coração. Se, porém, o desejo de ter Deus no coração de fato estiver lá, o progresso, mesmo que lento, certamente ocorrerá. O homem não pode ser transformado e se tornar bom da noite para o dia. Deus não faz mágicas. Ele também acata as próprias leis. Sua lei, entretanto, é diferente das leis mundanas. Estas podem cometer erros, mas Deus não pode se equivocar. Se ele próprio excedesse o limite de suas regras o mundo estaria perdido. Ele não muda por si mesmo, tampouco é mutável ou igualável. Ele é o mesmo que foi ontem, e continuará sendo hoje e para sempre. Sua lei está escrita nos corações humanos. Homens e mulheres somente conseguirão mudar se tiverem o desejo de se transformar e se estiverem preparados para empreender esforços contínuos nesse sentido.(...)

Acredito que a prece seja a própria alma e a essência da religião e que, portanto, ela deva estar no âmago da vida do homem. (...)

Assim, comece seu dia com uma prece e faça-a com a força de sua alma para que ela permaneça com você até o final do dia. Encerre o dia com uma oração para garantir uma noite tranquila, longe de sonhos e pesadelos. Não se preocupe com a forma de suas preces. Deixe que ela flua livremente; o objetivo dela é nos colocar em contato com o divino. Apenas não permita que o espírito vague por aí enquanto as palavras saem de sua boca."

(Mahatma Gandhi - O Caminho da Paz - Ed. Gente, São Paulo, 2014 - p.69/71)


domingo, 1 de junho de 2014

QUANDO UMA PORTA SE FECHA OUTRA SE ABRE

"Quando uma porta se fecha, outra se abre. Tenha paciência, persistência, constância.

Chega um momento, ao longo da jornada espiritual, em que algo que estimamos deve acabar. Talvez uma relação significativa tenha terminado. Talvez uma oportunidade que procuramos obter se torne de repente inalcançável. Sejam quais forem as circunstâncias, sentimo-nos privados de um bem a que aspiramos.

Quando isso acontecer, não se desespere, pois o Infinito não se esqueceu de você. Você está sofrendo privação por uma única razão – para que possa receber um bem ainda maior.

A natureza abomina o vácuo. Esse princípio do mundo físico tem seu paralelo no mundo espiritual. Não se pode renunciar a alguma coisa sem ganhar alguma outra coisa em troca. O universo está sempre pronto para preencher o seu vazio, substituindo a tristeza pela alegria, a perda pelo ganho, a morte pelo renascimento.

O que então deve fazer quando uma porta se fecha para você? Primeiro, renuncie o seu apego àquilo que era, ou àquilo que gostaria de ser. A Força Suprema tem preparado para você uma dádiva ainda maior. Depois, afirme para si mesmo: ‘Quando uma porta se fecha, outra se abre. Espero confiante e com alegria o bem que me está reservado.’

Seja paciente, pois ele logo, logo há de vir."

(Douglas Bloch - Palavras que Curam – Ed. Cultrix, São Paulo, 1993 - p. 44)

sexta-feira, 25 de abril de 2014

A MENTE É UM FENÔMENO SOCIAL (PARTE FINAL)

"(...) Siga devagar, com paciência. Não tenha pressa, pois o objetivo não está em algum outro lugar, mas sim dentro de você. Quando você não estiver com pressa, quando não estiver indo para lugar algum, irá senti-lo. No entanto, se estiver correndo, não poderá sentir nada, pois estará preocupado e tenso.

No Japão, a meditação é chamada de zazen. Zazen significa apenas sentar sem fazer nada. Os monges zen têm que se sentar durante seis horas por dia, às vezes mais. O mestre nunca lhes dá nada para fazer, eles apenas têm que ficar sentados. Foram treinados para sentar, sem pedir nada para fazer, nem mesmo um mantra. Apenas sentar.

Parece fácil, mas na prática é muito duro, porque a mente pede algum trabalho, algo para fazer. E a mente fica dizendo: 'Por quê? Por que perder tempo? Por que ficar aqui, apenas sentado? O que irá acontecer só por estar sentado?' Ainda assim, durante muitos anos, o aprendiz permanece sentado, dia após dia. Então, aos poucos, a mente se cansa de você, se cansa de não ser ouvida e para de perguntar. Quando isso acontecer, aos poucos você descobre uma nova força de vida dentro de si e que sempre esteve presente, mas você estava tão ocupado que não podia ouvi-la, não podia senti-la. Ao se livrar das ocupações, começou a senti-la.

A mente sempre criou problemas e gerou solidão. Experimente ficar sozinho durante, no mínimo, três meses, mas decida, com antecedência, que, aconteça o que acontecer, você não ouvirá sua mente. Decida com antecedência que você está pronto a 'desperdiçar' três meses, de forma que não seja necessário ficar pensando constantemente que você está perdendo tempo. Você irá simplesmente sentar e esperar. É possível, então, que ocorra um milagre.

Em algum momento nesses três meses, um dia você tomará consciência do seu ser. Quando não há tarefas a executar, coisas a fazer, você pode perceber o ser, tornar-se consciente dele. Se há coisas demais sendo feitas, você apenas segue em frente, esquecendo o ser que está escondido por trás."

(Osho - Aprendendo a silenciar a mente - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2002 - p. 80/81)


quinta-feira, 24 de abril de 2014

A MENTE É UM FENÔMENO SOCIAL (4ª PARTE)

"(...) No Oriente sempre foi totalmente diferente. O ser era respeitado. Não se perguntava o que a pessoa fazia, mas sim quem a pessoa era. E isso bastava. Se você tivesse descoberto a compaixão, se tivesse florescido, isso bastava. A sociedade devia ajudá-lo e servi-lo. Ninguém dizia que você deveria trabalhar ou que deveria criar algo. No Oriente, pensava-se que vivenciar seu próprio ser era a mais alta forma de criatividade, e a presença de um homem assim era valorizada. Ele poderia ficar anos em silêncio.

Maavira passou doze anos em silêncio. Não falava, não ia aos vilarejos, não via ninguém. E quando começou a falar, alguém perguntou a ele: 'Por que você nunca falou nada antes?' Ele respondeu: 'A fala se torna valiosa apenas quando você atingiu o silêncio. Do contrário, é fútil. Não apenas fútil, mas também perigosa, pois você está jogando lixo na cabeça dos outros. Foi esse o esforço que fiz, o de falar apenas quando toda fala houvesse cessado dentro de mim. Quando essa fala interior desaparecesse, eu poderia falar. Nesse momento, não seria uma doença.'

E todos podiam esperar, pois acreditavam em reencarnação. Há histórias de discípulos que vinham procurar um mestre e esperavam durante trinta anos, sem perguntar nada. Apenas esperaram até que o mestre dissesse: 'Por que você veio?' Trinta anos é muito tempo - uma vida inteira desperdiçada -, mas esperar durante trinta anos trará uma realização.

Há ocidentais que vêm me procurar e dizem: 'Estamos de partida esta tarde, então nos conte o segredo, nos diga como podemos nos tornar silenciosos. Desculpe, mas não podemos ficar, precisamos partir.' Estão pensando de acordo com as categorias que aprenderam - café instantâneo -, por isso acreditam que deve haver uma 'meditação instantânea', algum segredo que eu possa lhes contar e que resolva a questão. Não há segredo algum. É um longo esforço que requer muita paciência. E quanto mais pressa você tiver, mais tempo levará. Lembre-se disso: se você não estiver com pressa, pode acontecer agora. Quando você não está com pressa, sua mente possui dentro de si a qualidade adequada, o silêncio está lá. (...)" 

(Osho - Aprendendo a silenciar a mente - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2002 - p. 78/80)


terça-feira, 22 de abril de 2014

A MENTE É UM FENÔMENO SOCIAL (2ª PARTE)

"(...) Em uma das escrituras tibetanas está escrito que, mesmo se você tiver que correr, deve fazê-lo devagar. Se você correr, jamais atingirá lugar algum. Perceba o aparente paradoxo: sente-se e você atingirá seu objetivo, mas, se correr, não chegará a lugar algum. Nessa cadeia eterna, de milhões de vidas, há sempre tempo suficiente. A paciência, então, se torna possível. Mas no Ocidente, como há apenas uma vida, a cada momento um pouco dessa vida vai se transformando em morte. Há uma perda constante, nada é realizado, nenhum desejo é satisfeito, tudo está incompleto... Como você pode ser paciente? Como esperar? Tornou-se impossível esperar. Com essa ideia de uma única vida, junto com outra ideia, a do tempo linear, o pensamento cirstão criou uma forte ansiedade dentro da mente. (...)

O pensamento cristão diz que o tempo não se move em círculos, mas sim em linha reta. Nada se repetirá, então tudo é único. Todo o qualquer evento irá ocorrer uma única vez em toda a eternidade, não se repetirá jamais. Não é um círculo, não é como uma roda em movimento, na qual um aro irá girar várias vezes. No Oriente, o tempo é um conceito circular, como as estações se movendo em um círculo. Se o verão chega agora, então chegará sempre, Sempre foi assim e assim será para sempre.

Este conceito oriental está mais próximo da verdade: a Terra se move em um círculo, o Sol se move em um círculo, as estrelas se movem em um círculo e a vida também. Todo movimento é circular, e o tempo não pode ser uma exceção: se o tempo se mover, irá fazê-lo de forma circular. O conceito linar do tempo está absolutamente errado.

É por isso que, no Oriente, nunca nos interessamos muito por História. Estivemos interessados pelo mitos, mas não pela História. Foi o Ocidente que introduziu a História no mundo. É por isso que Jesus tornou-se o centro da História, o início do calendário. Medimos o tempo com a ideia de 'antes de Cristo' e 'depois de Cristo'. Cristo tornou-se o centro de toda a História, a primeira pessoa histórica.

Buda não é histórico, nem Krishna. Não é possível ter certeza sobre o nascimento de Krishna, se ele existiu de fato ou não, se foi apenas uma história ou se houve fatos históricos. Ninguém nunca se preocupou com isso no Oriente. Dizem simplesmente que todas as coisas são histórias, que já foram contadas muitas vezes e serão contadas de novo. Não é preciso, então, preocupar-se com os fatos, pois os fatos são repetitivos. É melhor preocupar-se com o tema. Caso contrário, coisas importantes podem passar desapercebidas. (...)"

(Osho - Aprendendo a silenciar a mente - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2002 - p. 74/76)
www.esextante.com.br


segunda-feira, 21 de abril de 2014

A MENTE É UM FENÔMENO SOCIAL (1ª PARTE)

"A mente só pode existir em sociedade. Ela é um fenômeno social, pois necessita da presença de outras pessoas. Você não pode sentir raiva quando está sozinho ou, se isso acontecer, se sentirá tolo. Você não pode ficar triste quando está sozinho, pois não há desculpa para tal. Também não pode se tornar violento, é necessário que haja mais alguém por perto. Você não pode falar, não pode continuar tagarelando. Não pode usar a mente, ela não pode funcionar - e quando a mente não pode funcionar, ela se torna ansiosa e preocupada. Ela precisa funcionar, precisa de alguém com quem se comunicar. 

A mente é um fenômeno social, um subprodutdo da sociedade. Não apenas da sociedade moderna, mas de qualquer sociedade. Mesmo nos tempos ancestrais, quando alguém ia caçar sozinho na floresta, essa pessoa ficava ansiosa, ficava deprimida no começo. A diferença não está na mente, a diferença está no grau de paciência. A mente permanece a mesma, seja ela moderna ou antiga, mas nos velhos tempos as pessoas eram mais pacientes, podiam esperar. Hoje você não sabe mais ser paciente, e aí está o problema.

Nos velhos tempos, no mundo antigo - especialmente no Oriente -, não havia consciência do tempo. É por isso que os relógios não foram inventados no Oriente. Poderiam ter sido inventados na China, talvez, mas eles não estavam interessados no tempo. A mente moderna se interessa em demasia pelo tempo. Por quê? Isto é parte da influência cristã no mundo. Com o cristianismo e o islamismo, a consciência do tempo passou a fazer parte do mundo. Há razões para tal. 

No pensamento cristão, acredita-se que haja apenas uma vida. É a primeira e a última. Se você morrer, não terá mais tempo, então todo o tempo que você tem são setenta ou oitenta anos, talvez. Por isso há tanta pressa no Ocidente. Todos correm porque a vida está se esvaindo. A cada momento seu tempo de vista restante diminui. O tempo está passando e você está morrendo. Tantos desejos para realizar e tão pouco tempo para realizá-los, isso obviamente gera ansiedade.

No Oriente, por outro lado, sempre se acreditou que a vida seja eterna. Assim sendo, o tempo não importa, não há pressa, pois você passará por aqui muitas vezes. Já esteve aqui milhões de vezes e voltará milhões de outras vezes. Esta não é a primeira nem a última vida, apenas mais uma dentro de uma longa cadeia, e você está sempre no meio, pois não há início nem final. Por que, então, ter pressa? Há tempo suficiente para tudo. (...)"

(Osho - Aprendendo a silenciar a mente - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2002 - p. 73/74)


domingo, 13 de abril de 2014

PACIENCIA - ANTÍDOTO CONTRA A RAIVA

"A prática da paciência traz uma estabilidade emocional que não só nos faz mais fortes mental e espiritualmente como mais saudáveis fisicamente. Sem dúvida atribuo a boa saúde de que desfruto a uma mente em geral calma e serena.

Entretanto, o benefício mais importante da paciência consiste em sua ação como um antídoto poderoso ao mal da raiva, a maior ameaça à nossa paz interior e, consequentemente, à nossa felicidade. A paciência é o melhor recurso de que dispomos para nos defender inteiramente dos efeitos destrutivos da raiva.

Pensem bem: a riqueza não protege ninguém da raiva. Nem a educação, por mais talentosa e inteligente que a pessoa seja. A lei, muito menos, pode ser de qualquer ajuda. E a fama é inútil. Só a proteção interior do autocontrole paciente evita que experimentemos o tumulto das emoções e pensamentos negativos."

(Dalai-Lama - O Caminho da Tranquilidade - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2008 - p. 37)
www.sextante.com.br


quinta-feira, 13 de março de 2014

O LEGADO DE JACOB BOEHME (1ª PARTE)

"Jacob Boehme nasceu na pequena aldeia de Alt Seidenburg, próximo de Goerlitz, na Alemanha, em 1575. Filho de camponeses pobres, ele transformou suas dificuldades em oportunidades de crescimento. Boehme entendeu precocemente as verdades fundamentais da antiga religião-sabedoria antes mesmo de ser capaz de expressá-las de forma clara.

Como sua visão interior se abriu em idade precoce, Jacob Boehme teve de passar por alguns testes morais antes de receber permissão para usar seus poderes ocultos. Um dia, enquanto cuidava do gado do pai, teve a visão de uma grande caixa cheia de dinheiro, que ele sabia que podia pegar. Ele interpretou a visão simbolicamente, e ali mesmo determinou que jamais usaria seus poderes para propósitos egoístas.

Sua segunda experiência oculta aconteceu pouco tempo depois, na sapataria onde trabalhava como aprendiz. Um estranho entrou na loja para comprar um par de sapatos. Ao sair, virou-se para o jovem e disse: ‘Jacob, você agora é pequeno, mas será um grande homem, muito admirado no mundo’ ele alertou o rapaz para a pobreza, a dor e a perseguição que o aguardavam, advertindo-o para que levasse uma vida pura e virtuosa e permanecesse fiel às suas convicções. Essa estranha experiência causou uma profunda impressão na mente de Boehme; ele começou a praticar a caridade, a paciência e a resignação, consciente de que essas virtudes tinham que ser adquiridas antes que a iluminação divina pudesse ocorrer.

Essa atitude, mantida de maneira firme, propiciou sua primeira ‘iluminação’ (...)"

(O Legado de Jacob Boehme - Revista Sophia, Ano 2, nº 7 - p.9)


quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

GRANDES HOMENS

"Quem faz jus ao título de ‘grande homem’?

            Não sei...

O homem inteligente?

Não basta ter inteligência para ser grande...

O homem poderoso?

Há também poderosos mesquinhos...

O homem religioso?

Não basta qualquer forma de religião... Podem todos esses homens possuir muita inteligência, muito poder, e certo espírito religioso – e nem por isso são grandes homens.

Pode ser que lhes falte certo vigor e largueza, certa profundidade e plenitude, indispensáveis à verdadeira grandeza.

Podem os inteligentes, os poderosos, os virtuosos não ter a necessária liberdade de espírito...

Pode ser que as suas boas qualidades não corram com essa vasta e leve espontaneidade que caracteriza todas as coisas grandes.

Pode ser que a sua perfeição venha mesclada com um quê de acanhado e tímido, com algo de teatral ou violento.

O grande homem é silenciosamente bom...

É genial – mas não exibe gênio...

É poderoso – mas não ostenta poder...

Socorre a todos – sem precipitação...

É puro – mas não vocifera contra os impuros...

Adora o que é sagrado – mas sem fanatismo...

Carrega fardos pesados – com leveza e sem gemido...

Domina – mas sem insolência...

É humilde – mas sem servilismo...

Fala a grandes distâncias – sem gritar...

Ama – sem se oferecer...

Faz bem a todos – antes que se perceba...

‘Não quebra a cana fendida, nem apaga a mecha fumegante – nem se ouve o seu clamor nas ruas...’
Rasga caminhos novos – sem esmagar ninguém...

Abre largos espaços – sem arrombar portas...

Entra no coração humano – sem saber como...

Tudo isto faz o grande homem, porque é como o sol – esse astro assaz poderoso para sustentar um sistema planetário, e assaz delicado para beijar uma pétala de flor...

Assim é, e assim age o homem verdadeiramente grande – porque é instrumento nas mãos de Deus...
Desse Deus de infinita potência – e de supremo amor...

Desse Deus cuja força governa a imensidade do cosmos – e cuja paciência tolera as fraquezas do homem...

O grande homem é, mais do que ninguém, imagem e semelhança de Deus..."

(Huberto Rohden - De Alma para Alma - Fundação Alvorada, 8ª edição - p. 109)

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

ORE COM PACIÊNCIA E FÉ

"Suponha que sua casa está hipotecada e você não pode pagar a hipoteca; ou que haja algum emprego que você queira. No silêncio que brota após a meditação, concentre-se com vontade inabalável no pensamento daquilo que você necessita. Não fique procurando o resultado. Se você plantar uma semente no solo e, então, removê-la toda hora para ver se ela está crescendo, ela jamais brotará. De maneira parecida, se toda vez que orar você procurar um sinal de que o Senhor está concedendo seu desejo, nada acontecerá. Jamais submeta Deus à prova. Apenas continue orando sem cessar. Seu dever é levar as necessidades à atenção de Deus e desempenhar seu papel em ajudá-lo a fazer com que esse desejo se realize. Por exemplo: no caso de doenças crônicas, faça o máximo para ajudar a promover a cura, mas, no fundo se sua mente, tenha consciência de que, em última análise, o  auxílio só pode vir de Deus. Leve com você esse pensamento para a meditação, todas as noites, e ore com toda determinação; um dia, de repente, você descobrirá que a doença se foi.

Após semear a semente da demanda no solo da fé, não cave de vez em quando para examiná-la, senão ela jamais germinará em realização. Semeie sua semente de demanda na fé e regue-a com as reiteradas práticas diárias da forma correta de pedir. Não desanime se os resultados não aparecerem imediatamente. Mantenha-se firme em sua exigência e recuperará o perdido direito direito divino de herança; quando isso acontecer, e só quando isso acontecer, a Satisfação Magnífica visitará seu coração. Peça com insistência até estabelecer seu direito divino. Demande o que lhe pertence sem cessar, e você o receberá.

Às vezes, mesmo verdadeiros devotos pensam que Deus não atende às orações deles. Ele responde silenciosamente por meio de Suas leis. Enquanto, porém, não estiver absolutamente seguro em relação ao devoto, Ele não responderá abertamente, nem falará com o devoto. O Senhor de Universos é tão humilde que não fala, pois poderia, assim, influenciar o livre arbítrio do devoto, que tem a liberdade de aceitá-Lo ou rejeitá-Lo. Uma vez que você O conheça, sem dúvida O amará. Quem poderia resistir ao Irresistível? Entretanto, para conhecê-Lo, você tem de provar seu amor incondicional a Ele. É preciso que tenha fé. Você tem de saber que, no momento mesmo em que ora, Deus o está escutando. Então, Ele Se revelará a você."

(Paramahansa Yogananda - No Santuário da Alma - Self-Realization Fellowship - Ed. Lótus do Saber, Rio de Janeiro - p. 101/103)
http://www.omnisciencia.com.br/santuario-da-alma.html